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Maduro lança operação militar de 'resistência' ante presença dos EUA no Caribe

Presidente Nicolás Maduro liderou a operação, batizada de Independência 200, que fixou tropas em posições defensivas, segundo o governo

Agência o Globo
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Publicado em 11 de setembro de 2025 às 16h55.

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A Venezuela ativou na madrugada desta quinta-feira uma operação militar de "resistência", diante do que classificou como uma ameaça dos Estados Unidos devido à sua mobilização de tropas no Caribe. O presidente Nicolás Maduro liderou a operação, batizada de Independência 200, que o governo não especificou quantos soldados envolveu.

— Esses mares, essa terra, esses bairros, essas montanhas, essas imensidões e as riquezas dessas terras pertencem ao povo da Venezuela, nunca pertencerão ao Império Americano, nunca, jamais — disse Maduro em uma comunidade localizada entre Caracas e a cidade costeira de La Guaira.

Os Estados Unidos enviaram oito navios ao sul do Caribe nas últimas semanas, para o que definiram como manobras contra o tráfico de drogas internacional. Não foi anunciada oficialmente nenhuma ação direta contra a Venezuela, embora Maduro denuncie a movimentação como um "cerco".

— Este povo não está órfão, este povo não está sozinho. Se tivermos que voltar a combater, combateremos pela liberdade da nossa grande pátria — afirmou Maduro, em um evento transmitido pela televisão. — Toda a força militar da nossa Força Armada Nacional Bolivariana e sua capacidade de fogo (está) ocupando posições, fixando posições, defendendo posições, fixando planos.

A situação escalou depois que forças americanas afundaram uma embarcação, que o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou ter matado 11 traficantes de drogas. O incidente levantou debates sobre a legalidade do ataque americano, que autoridades venezuelanas classificaram como uma "execução sumária".

Em resposta, a Venezuela sobrevoou um dos navios americanos com um caça. Trump ameaçou derrubar qualquer ameaça e enviou poder aéreo a Porto Rico.

Maduro havia moderado o tom e acenou ao diálogo na semana passada. Antes, ele havia convocado os cidadãos a se alistarem na Milícia Bolivariana, um corpo militar composto por civis com alta carga ideológica.

— A Venezuela não agride ninguém, mas não aceita ameaças de agressão — afirmou Maduro ao dar a ordem de início da operação de "defesa integral da nação".

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