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Mãe de terrorista do 11/9 acredita que filho está vivo

Um dos organizadores dos ataques de 11 de setembro, Mohammed Atta estaria vivo na prisão de Guantánamo, segundo a mãe


	11 de setembro: Terrosista foi vítima de um complô elaborado pelos EUA e que ele não fez nada de errado, segundo a mãe
 (Michael Foran / Wikimedia Commons)

11 de setembro: Terrosista foi vítima de um complô elaborado pelos EUA e que ele não fez nada de errado, segundo a mãe (Michael Foran / Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2016 às 09h46.

A mãe de Mohammed Atta, um dos terroristas que sequestraram os aviões que atingiram as Torres Gêmeas de Nova York em 2001, disse acreditar que o filho está vivo na prisão de Guantánamo, em uma entrevista ao jornal espanhol El Mundo.

Bozaina Mohamed Mustafa Sheraqi afirmou ao jornal que Atta, amplamente conhecido como um dos organizadores dos ataques de 11 de setembro de 2001,  foi vítima de um complô elaborado pelos Estados Unidos e que ele não fez nada de errado.

"Está vivo e esta é a mensagem que envio a meu filho. Acredito que está em Guantánamo. Filho, quero ver você antes de morrer. Já tenho 74 anos e vivo com a esperança de que você sobreviveu. Sei que nunca fez nada de errado e que jamais poderia ter feito isso que dizem por aí. Estou esperando o seu retorno. Eles (Estados Unidos) estão escondendo a verdade", afirmou ao jornal no Cairo, onde mora com as duas filhas.

Ela também afirmou que o governo americano "planejou o ataque para propagar que o islã é terrorismo. Escolheram pessoas com passaportes árabes para atribuir a responsabilidade e acusar, de passagem, nossos países e nos dividir", completou.

O jornal El Mundo afirma que esta é a primeira entrevista concedida por Bozaina desde 11 de setembro de 2001.

A família de Atta repetiu diversas vezes que ele não teve qualquer relação com os ataques e que estava vivo.

Depois que Mohammed Atta foi reconhecido como um dos 19 sequestradores aéreos do 11/9, seu pai - também chamado Mohammed Atta e que faleceu em 2008 - negou com veemência a acusação e chegou a afirmar que o filho havia ligado por telefone, de um local não divulgado, um dia depois dos ataques.

Mas após os atentados de Londres em 2005, o pai de Atta pareceu aceitar a perda do filho. Quando a CNN pediu uma entrevista, ele solicitou o pagamento de 5.000 dólares, de acordo com o jornal espanhol. A entrevista nunca foi realizada.

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