Agência de Notícias
Publicado em 30 de julho de 2025 às 07h45.
A megalópole de Xangai evacuou mais de 280 mil pessoas nesta quarta-feira, em preparação para a passagem do tufão Co-may, o oitavo da temporada, que tocou o solo hoje na costa leste da China.
Em Xangai, vários distritos elevaram seus níveis de alerta e, segundo números citados pelo portal de notícias local “Yicai”, o número de evacuados supera as 280 mil pessoas. Além disso, as autoridades ordenaram o fechamento de alguns parques e zonas turísticas, suspenderam trabalhos de construção e cancelaram aulas em escolas.
A cidade amanheceu hoje sob fortes chuvas, com o observatório meteorológico local advertindo que as precipitações acumuladas poderiam superar os 100 milímetros (mm) ao longo das próximas 24 horas.
O tufão Co-may tocou o solo nesta quarta-feira na costa leste da China, por onde se espera que nas próximas horas, já rebaixado à condição de tempestade tropical, continue se movendo em direção noroeste sobre território chinês.
A tempestade tocou o solo na cidade de Zhoushan (província de Zhejiang) por volta das 4h30 (horário local, 17h30 de terça-feira de Brasília) com ventos de 23 metros por segundo em seu centro, segundo o Centro Meteorológico da China.
As autoridades provinciais de Zhejiang já elevaram na terça-feira o nível de resposta de emergência de 4 para 3 (o nível máximo é 1).
Segundo a plataforma de monitoramento de fenômenos atmosféricos Zoom.earth, Co-may passará diretamente sobre a cidade ao longo da tarde desta quarta-feira com categoria de tempestade tropical e ventos de até 75 km/h. Depois disso, continuará em direção ao noroeste e passará a condição de depressão tropical na manhã de quinta-feira.
Além disso, os alertas também estão ativos hoje na cidade pelo possível impacto de um tsunami após o terremoto de 8,8 graus de magnitude que ocorreu na península de Kamchatka, no leste da Rússia.
Xangai sofreu em setembro do ano passado seu tufão mais forte desde 1949, que deixou dois mortos na vizinha província de Jiangsu.
A atual temporada de tufões no país tem sido marcada por fenômenos de forte impacto como o Wipha, que deixou chuvas intensas e provocou evacuações no sul, e o Wutip, que afetou mais de 180 mil pessoas em Cantão (sul) após um atraso de mais de dois meses em relação ao início habitual da temporada, atribuído por especialistas a padrões de alta pressão incomuns e mudanças no regime de monções.