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Maria Corina Machado denuncia 'onda brutal de repressão' na Venezuela

Crítica da ex-deputada ocorre após governo venezuelano libertar um grupo de presos políticos e dez americanos, após a libertação dos 252 migrantes que estavam detidos em El Salvador

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 22 de julho de 2025 às 16h33.

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A líder opositora María Corina Machado denunciou nesta terça-feira uma "brutal onda de repressão" na Venezuela com "mais de 20 desaparecidos e presos em 72 horas", da qual acusou o governo de Nicolás Maduro, e afirmou que a justiça internacional "tem a obrigação de responsabilizar os autores".

Por meio da rede social X, a ex-deputada compartilhou um comunicado de sua equipe no qual afirma que se registra "uma nova onda repressiva" desde a última sexta-feira, quando a Venezuela libertou um grupo de presos políticos e dez americanos, após a libertação dos 252 migrantes que estavam detidos em El Salvador.

Desde então, ela afirma que houve mais de 20 detenções, entre elas, de pessoas vinculadas à oposição majoritária, assim como de mesários das eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, nas quais a Plataforma Unitária Democrática (PUD) antichavista denunciou como "fraudulenta" a proclamada reeleição de Maduro.

"Este padrão, já reiterado, confirma a política da 'porta giratória', liberar seletivamente alguns para encarcerar outros. A repressão não cessa, apenas se redistribui", diz o comunicado do antichavismo.

Além disso, Machado disse que a privação de liberdade continua sendo usada como "ferramenta de negociação política em meio a uma diplomacia de reféns e de castigos seletivos".

"Reiteramos o apelo urgente à comunidade internacional para agir diante do que ocorre na Venezuela. A pressão externa tem sido chave para conter a perseguição no passado, mas já não é suficiente enquanto o problema de fundo persiste: mais de 900 pessoas continuam presas e desaparecidas por razões políticas", acrescentou.

A oposição venezuelana considera que a comunidade internacional e os organismos de direitos humanos "devem elevar ainda mais suas ações para que o regime sinta o alto custo da repressão".

"É indispensável que se utilizem todas as ferramentas disponíveis contra um aparato repressivo que já não hesita em perseguir, sequestrar, fazer desaparecer e torturar, fazendo saber aos autores que serão responsáveis por seus atos e que prestarão contas por seus crimes", concluiu.

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