Mundo

Menino sírio que comoveu o mundo reaparece em novas imagens

Em agosto do ano passado, uma foto do menino ferido e com expressão de choque após um ataque aéreo circulou por todo o mundo

Omran Daqneesh: o pai do garoto disse à repórter que seu filho está com boa saúde (Mahmoud Rslan/Reuters)

Omran Daqneesh: o pai do garoto disse à repórter que seu filho está com boa saúde (Mahmoud Rslan/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 6 de junho de 2017 às 13h07.

Beirute - Um menino sírio que apareceu em uma foto coberto de poeira e sangue e se tornou um verdadeiro símbolo do sofrimento em Aleppo está em novas imagens publicadas por uma apresentadora de televisão pró-governo da Síria.

Omran Daqneesh apareceu ao lado do pai em um vídeo, aparentemente ainda morando em Aleppo, e dizendo à repórter Kinana Allouche que não quer ir embora do país.

https://twitter.com/Partisangirl/status/871897647745032193

Uma foto do menino ferido, sentado sozinho e com expressão de choque na traseira de uma ambulância após um ataque aéreo circulou por todo o mundo em agosto, ressaltando o sofrimento dos civis no leste sitiado de Aleppo. O irmão mais velho dele, Ali, morreu devido aos ferimentos após o ataque.

O pai de Daqneesh disse à repórter que seu filho está com boa saúde em Aleppo --agora sob controle das forças do presidente sírio, Bashar al-Assad-- e que cortou o cabelo do menino e mudou seu nome para evitar que seja sequestrado, acusando rebeldes de intimidarem sua família.

Não ficou claro se a família foi coagida para participar do vídeo curto publicado no Facebook, a primeira vez em que Daqneesh foi visto em público desde que foi ferido.

Mas Valerie Szybala, do Instituto Síria, uma organização de pesquisa independente dedicada ao país, disse que a família provavelmente não teve liberdade de falar livremente.

"Eles estão sob controle do governo agora, e este é um governo que sabemos que prende e tortura todos que se pronunciam contra ele... para mim a situação parece sugerir que isso provavelmente foi sob coação", disse Szybala à Thomson Reuters Foundation.

A resistência dos rebeldes em Aleppo terminou em dezembro, depois de anos de combates e meses de cerco e bombardeios que culminaram em uma retirada sangrenta quando os insurgentes concordaram em recuar durante um cessar-fogo.

A guerra civil síria, que irrompeu em 2011, já matou estimadas 465 mil pessoas.

Acompanhe tudo sobre:CriançasFotosSíria

Mais de Mundo

Musk sugere criação de novo partido político nos EUA após escalada de tensões com Trump

Trump planeja abrir sua biblioteca presidencial na Flórida com Boeing 747 como atração

Trump e Musk não devem conversar por telefone nesta sexta-feira, diz agência

Payroll: EUA cria 139 mil empregos em maio, acima do esperado pelo mercado