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Milei reconhece derrota em eleições legislativas, mas nega recuo em políticas do governo

Com 90% das urnas apuradas, a coligação peronista Fuerza Patria liderava com 47% dos votos, superando partido de Milei

Publicado em 8 de setembro de 2025 às 10h20.

O presidente argentino, Javier Milei, afirmou que a derrota de seu partido nas eleições legislativas da província de Buenos Aires, neste domingo, 7, não deve mudar a condução de seu governo. A fala ocorreu durante um discurso no comitê de campanha do La Libertad Avanza (LLA), em La Plata. 

“Hoje tivemos uma clara derrota”, disse Milei.

“Mas não recuaremos nem um milímetro na política de governo. O rumo não apenas está confirmado, como vamos aprofundá-lo e acelerá-lo ainda mais”, afirmou o presidente da Argentina.

Veículos argentinos apontam que Milei convocou uma reunião de emergência de seu gabinete na manhã desta segunda, 8.

Segundo os relatos, Milei quer revisar a estratégia de campanha para as eleições de outubro para o Congresso

Contexto da derrota

Com mais de 90% dos votos apurados, a coligação peronista Fuerza Patria já somava 47% dos votos, contra quase 33,8% da LLA, segundo o órgão eleitoral da província.

“Este é um piso a partir do qual começaremos a trabalhar com vistas a 26 de outubro, quando acontecerão as eleições nacionais”, destacou Milei, referindo-de às eleições nacionais para o Congresso argentino.

“Se cometemos erros no campo político, vamos internalizá-los, processá-los, modificar as ações e ser melhores a cada dia para alcançar um melhor resultado”, completou.

Axel Kicillof e o peronismo

O resultado foi considerado mais expressivo que o previsto nas pesquisas e reforçou a posição do governador peronista Axel Kicillof, que celebrou o desfecho como uma mensagem ao presidente.

“Milei, o povo te deu uma ordem. Você não pode governar para os de fora, para as corporações, para os que têm mais. Governe para o povo”, disse.

O pleito na maior província argentina, responsável por 40% do eleitorado nacional e mais de 30% do PIB do país, é visto como termômetro para as eleições legislativas nacionais de outubro.

*Com informações da EFE

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