Mundo

Ministro russo diz que crise na Ucrânia pode acabar em 2015

Sergei Lavrov ressaltou que é preciso entender que a crise continuará até que os próprios ucranianos cheguem a acordos entre si, sem influência externa


	Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia: "no que se refere à crise interna ucraniana, sua regularização não só é possível, mas realizável"
 (Fabrice Coffrini/AFP)

Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia: "no que se refere à crise interna ucraniana, sua regularização não só é possível, mas realizável" (Fabrice Coffrini/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 08h59.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta segunda-feira que a regularização da crise na Ucrânia em 2015 é uma possibilidade real, desde que os ucranianos cheguem a acordos entre si, sem ingerência exterior.

"No que se refere à crise interna ucraniana, sua regularização não só é possível, mas realizável", disse o chefe da Chancelaria russa em entrevista à agência "Interfax".

Lavrov ressaltou que "é preciso entender que a crise continuará até que os próprios ucranianos cheguem a acordos entre si, sem influência de Bruxelas ou Washington".

As partes em conflito devem concordar "como será o Estado ucraniano, como serão defendidos os direitos dos cidadãos e das minorias nacionais, qual será a condição do russo e de outros idiomas, e como será organizada em geral a vida em cada uma das regiões" do país, disse Lavrov.

O chefe da diplomacia russa acusou o Ocidente de prejudicar a segurança internacional "ao renunciar à criação de um sistema de segurança comum" com a Rússia e "optar por uma política de invasão de espaço geopolítico no leste (da Europa) e a divisão dos Estados em "próprios" e "estrangeiros"".

Lavrov também criticou os Estados Unidos e a União Europeia por prejudicar suas relações com a Rússia ao apoiar o "golpe de Estado" que depôs o presidente Viktor Yanukovich em fevereiro deste ano, e adotar sanções contra Moscou.

"Este desenvolvimento dos eventos é consequência lógica dos problemas acumulados desde o fim da Guerra Fria. Entre eles, a obstinação do "Ocidente histórico" em conservar a qualquer preço seu domínio sobre os assuntos mundiais, tentar reverter a formação objetiva de uma nova ordem mundial multipolar", ressaltou.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaRússiaUcrâniaMinistério das Relações ExterioresItamaraty

Mais de Mundo

Lula diz que abordará guerra da Ucrânia com Trump: ‘Quem sabe nossa química seja levada ao Putin’

Governo dos EUA diz que não pretende sair da ONU, apenas dar um 'empurrão'

Lula diz que ficou feliz com 'química' com Trump: 'falei a ele que temos muito o que conversar’

Lula se comprometeu a fazer ‘tudo o que estiver ao seu alcance’ para ajudar a Ucrânia, diz Zelensky