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Mugabe se reúne com comandantes militares do Zimbábue

Como mediador da conversa esteve presente o sacerdote Fidelis Mukonori, assim como um enviado do Governo da África do Sul

Mugabe: a reunião foi realizada para negociar uma saída de Mugabe do poder (Michael Nagle/Getty Images)

Mugabe: a reunião foi realizada para negociar uma saída de Mugabe do poder (Michael Nagle/Getty Images)

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EFE

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 16h08.

Última atualização em 16 de novembro de 2017 às 16h52.

Harare - O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, mantém reuniões com os comandantes militares na sede da Presidência, depois da intervenção militar iniciada na quarta-feira no Zimbábue e que alimentou os rumores de um possível golpe de Estado, informou nesta quinta-feira a imprensa local.

Mugabe realizou pelo menos um encontro nesta tarde com o chefe das Forças Armadas do país, Constantine Chiwenga, e outros representantes militares, segundo o jornal "The Herald", que publicou várias fotos da reunião, mas não deu detalhes do conteúdo da mesma.

Como mediador da conversa esteve presente o sacerdote Fidelis Mukonori, assim como um enviado do Governo da África do Sul, detalhou o jornal.

A reunião foi realizada para negociar uma saída de Mugabe do poder.

De acordo com veículos de imprensa locais, o presidente zimbabuano, por enquanto, se mostra reticente a renunciar, como reivindicam os militares.

A tensão no Zimbábue começou a aumentar na terça-feira, depois que vários tanques foram vistos rumo a Harare, apenas um dia depois que Chiwenga, apoiado por outros altos comandantes militares, advertiu que "medidas corretivas" seriam tomadas se prosseguisse o expurgo de veteranos no partido de Mugabe, de 93 anos e no poder desde 1980.

Além de sitiar os edifícios oficiais, os militares confinaram o presidente em sua residência.

Também foram detidos três ministros afins às aspirações políticas da primeira-dama, Grace Mugabe, que aparecia como candidata à vice-presidente do país depois que seu marido destituíu na semana passada Emmerson Mnangagwa.

Precisamente, a expulsão do vice-presidente - um veterano de guerra que aparecia nas apostas como sucessor de Mugabe - é interpretada como o principal detonante da atual crise.

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