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Multidão saúda Kim Jong-Un em visita à fronteira coreana

Em meio ao aumento de tensões na península coreana, Kim afirmou que o exército do Norte está "completamente pronto para travar uma guerra total ao estilo coreano"


	Soldados cumprimentam Kim Jong Un durante a visita: as tropas chegaram a ser contidas ao avançarem em direção a ele
 (AFP)

Soldados cumprimentam Kim Jong Un durante a visita: as tropas chegaram a ser contidas ao avançarem em direção a ele (AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2013 às 11h03.

Seul - A rede de televisão norte-coreana transmitiu cenas de histeria nesta sexta-feira, de soldados e suas famílias saudando o líder Kim Jong-Un durante a visita a uma unidade de linha de frente que bombardeou o Sul em 2010.

Em meio ao aumento de tensões na península coreana, Kim afirmou que o exército do Norte está "completamente pronto para travar uma guerra total ao estilo coreano", ao visitar duas ilhas próximas à fronteira marítima disputada na quinta-feira, informaram meios de comunicação oficiais.

As gravações mostraram Kim sendo saudado por tropas que foram contidas ao avançarem em direção a ele. Suas famílias levaram as crianças para conhecê-lo, e uma mulher encorajava a sua filha a se aproximar para abraçá-lo.

No fim da visita, os soldados correram em direção à praia e entraram na água gelada enquanto a embarcação onde Kim estava se afastava.

A visita coincidiu com uma onda de ameaças de Pyongyang devido às sanções aprovadas na ONU por seu teste nuclear realizado no mês passado, com o Norte ameaçando realizar ataques nucleares preventivos contra os Estados Unidos e seus aliados e prometendo quebrar os pactos de paz assinados com a Coreia do Sul.


Ao falar às tropas mobilizadas nas ilhas, Kim disse que a mais leve provocação pode levar a uma ordem imediata para um "grande avanço" em toda a linha de frente com o Sul, informou a agência oficial de notícias do país (KCNA).

Na ilha Mu, ele inspecionou as unidades de artilharia que atacaram a ilha de Yeonpyeong, que pertence à Coreia do Sul, em novembro de 2010, matando quatro pessoas e provocando uma troca de tiros que gerou o temor de um retorno ao conflito.

A rede de televisão mostrou Kim inspecionando as crateras deixadas pelos ataques do Sul contra a ilha, no que ele descreveu como a "batalha mais gratificante" desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953.

A televisão mostrou seu líder com binóculos observando a ilha de Yeonpyeong e aparentemente discutindo a seleção de alvos com autoridades da artilharia.

Kim foi acompanhado em sua visita por membros de alto escalão da liderança norte-coreana, incluindo o comissário político Choe Ryong-Hae e o ministro da Defesa Kim Kyok-Sik.

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