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Mursi está disposto a atrasar referendo, diz vice-presidente

O presidente do Egito aceitaria o adiamento caso ele não fosse passível de recursos judiciais


	O presidente do Egito, Mohamed Mursi: conflitos em frente ao Palácio Presidencial resultaram em seis mortes nesta semana
 (Khaled Desouki/AFP)

O presidente do Egito, Mohamed Mursi: conflitos em frente ao Palácio Presidencial resultaram em seis mortes nesta semana (Khaled Desouki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 19h55.

Cairo - O vice-presidente do Egito, Mahmoud Meki, afirmou nesta sexta-feira que o chefe de Estado, Mohammed Mursi, está disposto a aceitar, com condições, um adiamento do referendo sobre a Constituição, previsto para o dia 15.

Em entrevista aos jornais 'Al Ahram' e 'Al Masry Al Youm', Meki disse que 'o presidente está disposto a aceitar o atraso do referendo com a condição de que blinde este adiamento de (possíveis) recursos perante a Justiça'.

O Egito é palco de uma divisão entre partidários e opositores de Mursi que nesta semana culminou em confrontos perto do Palácio Presidencial, deixando seis mortos e centenas de feridos, e que há desencadeou protestos em todo o país.

A tensão aumentou depois que o presidente emitiu no dia 22 de novembro uma emenda constitucional pela qual blindava seus poderes e se aguçou com a convocação de um referendo sobre a nova constituição, previsto para o próximo 15 de dezembro.

Meki explicou que, segundo a lei, Mursi é obrigado a convocar um referendo em quinze dias, após o fim dos trabalhos da Assembleia Constituinte.


Deste modo - argumentou -, 'as forças que desejam um atraso devem apresentar garantias de que não recorrerão à Justiça depois que o presidente o decidir (o adiamento) e que não lhe acusarão de infringir a declaração constitucional', afirmou Meki.

Nesta tarde, a Comissão Eleitoral decidiu adiar para a próxima quarta-feira o início da votação dos egípcios expatriados, que estava previsto que começasse amanhã, sábado.

Segundo a agência oficial egípcia, 'Mena', a decisão responde a um pedido do Ministério das Relações Exteriores para que as respectivas embaixadas e consulados possam concluir os preparativos para a consulta. EFE

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