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Não se pode viver em paz quando massacram um povo, diz Guaidó

Líder opositor agradeceu o apoio do Brasil à luta da Venezuela por democracia e liberdade

Guaidó: Líder venezuelano se encontrou com Bolsonaro no Brasil (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Guaidó: Líder venezuelano se encontrou com Bolsonaro no Brasil (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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EFE

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 16h22.

Brasília - O líder do parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente em exercício do seu país, afirmou nesta quinta-feira que "não se pode viver em paz" quando uma ditadura "massacra um povo", depois de se reunir com o presidente Jair Bolsonaro.

Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 governos, reiterou junto a Bolsonaro que em seu país "não é verdade que haja um dilema entre guerra e paz, entre uma e outra ideologia", mas a disjuntiva se dá "entre democracia e ditadura, entre miséria e morte".

Gauidó disse que o encontro entre ele e o presidente Jair Bolsonaro marca um "novo e positivo" momento na região. Ele agradeceu o Brasil, e diretamente a Bolsonaro, pelo apoio à luta no país vizinho por valores fundamentais, como democracia e liberdade. "Esse encontro marca um novo momento na região, um momento positivo", disse Guaidó, em declaração conjunta com o presidente brasileiro no Palácio do Planalto.

Guaidó ilustrou a grave crise por que passa os venezuelanos com dados sociais e econômicos. Segundo ele, neste momento são mais de 3 mil presos políticos na Venezuela, opositores ao regime chavista de Nicolás Maduro. Além disso, disse, houve uma queda gigante na exploração de petróleo na Venezuela.

"Para o país voltar a crescer, é preciso resgatar a democracia e os direitos humanos. Há uma emergência humanitária na Venezuela", disse. "Não se pode viver em paz quando nos tiram indígenas e nos perseguem".

O presidente autodeclarado venezuelano ressaltou que "a corrupção prejudicou o país" e que hoje a população luta por eleições livres e democráticas, o que não ocorreu no passado, quando Maduro assumiu novo mandato.

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