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Netanyahu sugere que matar Khamenei acabaria com o conflito Israel-Irã, após veto de Trump

Benjamin Netanyahu declarou que eliminar o líder iraniano encerraria o conflito, após veto de Trump a plano israelense de assassinato

Agência o Globo
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Publicado em 16 de junho de 2025 às 16h15.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sugeriu nesta segunda-feira que assassinar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, "acabaria com o conflito" entre os países. A declaração de Netanyahu ocorre após relatos de que o presidente americano, Donald Trump, teria vetado um plano israelense para matar Khamenei.

Em entrevista à rede americana ABC News, Netanyahu afirmou: "Isso não vai escalar o conflito, vai acabar com o conflito". O premier israelense continuou, dizendo que a "guerra eterna" é o que o Irã deseja, e que eles estão levando a região "à beira de uma guerra nuclear".

Segundo Netanyahu, o que Israel está fazendo é "impedir isso, pôr fim a essa agressão", acrescentando que "só podemos fazer isso enfrentando as forças do mal".

Relatos sobre o veto de Trump ao plano israelense

Fontes americanas ouvidas pela agência Reuters afirmaram que Trump teria vetado uma proposta israelense para matar Khamenei. A alegação é de que Israel teria informado Washington sobre uma oportunidade concreta de matar o aiatolá, mas que o governo americano impediu a operação. As fontes não confirmaram se foi o próprio Trump quem deu a ordem final, mas afirmaram que ele tem se comunicado com frequência com Netanyahu.

Trump, por sua vez, expressou em uma entrevista na sexta-feira que estava ciente do ataque israelense, mas que a morte da liderança iraniana não seria considerada neste momento, já que nenhum americano foi morto nas ações até aqui.

Reações e implicações diplomáticas

Autoridades iranianas, por sua vez, têm apontado o peso dos EUA sob o governo Trump nos ataques israelenses. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que os EUA poderiam interromper os ataques israelenses com um simples "telefonema". Araqchi sugeriu que se os EUA realmente desejam interromper a guerra, a próxima etapa seria "silenciar" Netanyahu, o que abriria caminho para o retorno da diplomacia.

No domingo, Trump disse que os EUA poderiam se envolver no conflito entre Israel e Irã e expressou disposição para atuar como mediador, juntamente com o presidente russo, Vladimir Putin. No entanto, a União Europeia rejeitou veementemente a ideia de Moscou como mediador, afirmando que sua credibilidade é "zero", especialmente devido aos acordos recentes com Teerã.

A crescente tensão no Oriente Médio

Além da conversa telefônica com Trump no fim de semana, Putin também discutiu o tema com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, nesta segunda-feira. Ambos pediram um fim imediato para o conflito.

O cenário continua tenso, com Israel afirmando ter controle total do espaço aéreo de Teerã e destruído um terço dos lançadores de mísseis iranianos, enquanto o Irã continua sua resposta à agressão israelense.

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