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'Nossos países terão grande sucesso juntos', diz Trump sobre conversa com Lula

Presidente dos Estados Unidos afirmou que deve se encontrar em breve com Lula, no Brasil ou nos EUA

Publicado em 6 de outubro de 2025 às 13h45.

Última atualização em 6 de outubro de 2025 às 17h44.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que teve uma "ótima conversa por telefone" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta segunda-feira, 6.

"Discutimos muitos assuntos, mas o foco principal foi a Economia e o Comércio entre nossos dois países", escreveu Trump em uma postagem em sua rede social, Truth Social.

O presidente americano ainda disse que os dois chefes de Estado devem se encontrar em breve.

"Gostei muito da ligação — nossos países terão grande sucesso juntos", completou.

Segunda conversa entre Lula e Trump

A conversa por vídeo desta segunda-feira foi a segunda interação direta entre os dois presidentes, realizada quase duas semanas após o primeiro contato, ocorrido durante a Assembleia Geral da ONU, em 23 de setembro.

Desde a posse de Trump, em janeiro, o americano tem pressionado o Brasil a suspender o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em agosto, ele aplicou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e impôs sanções a autoridades do país.

O governo brasileiro também disse que a conversa foi positiva. Em comunicado, o Palácio do Planalto disse que a chamada teve "tom amigável" e durou cerca de 30 minutos. Na conversa, Lula pediu a retirada da tarifa extra de 40% sobre produtos brasileiros e das sanções aplicadas contra autoridades do país.

"Ambos os líderes acordaram encontrar-se pessoalmente em breve. O presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém; e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos", diz o comunicado. A cúpula será realizada no final de outubro. 

"O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad', diz ainda o comunicado. 

Os dois presidentes trocaram telefones para estabelecer via direta de comunicação, segundo o comunicado.

A conversa desta segunda-feira, 6, foi realizada na parte da manhã. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse a jornalistas que a reunião foi 'positiva'. Além de Haddad, participaram da ligação o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Mauro Vieira (Relações Internacionais) e Sidônio Palmeira (Comunicação).

Leia a íntegra do comunicado do governo do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na manhã desta segunda-feira, 6 de outubro, telefonema do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. Em tom amistoso, os dois líderes conversaram por 30 minutos, quando relembraram a boa química que tiveram em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU. Os dois presidentes reiteraram a impressão positiva daquele encontro.

O presidente Lula descreveu o contato como uma oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente. Recordou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços. Solicitou a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras.

O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ambos os líderes acordaram encontrar-se pessoalmente em breve. O presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos.

Os dois presidentes trocaram telefones para estabelecer via direta de comunicação. Do lado brasileiro, a conversa foi acompanhada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Mauro Vieira, Fernando Haddad, Sidônio Palmeira e o assessor especial Celso Amorim.

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