Mundo

Obama pede investigação completa dos ciberataques na eleição

"O presidente ordenou à comunidade da inteligência que realize uma investigação completa do que aconteceu durante o processo eleitoral de 2016"

Obama: o pedido de investigar foi feito depois que a bancada democrata no Congresso pressionou o governo para que revelasse detalhes das invasões virtuais russas (Kevin Lamarque/Reuters)

Obama: o pedido de investigar foi feito depois que a bancada democrata no Congresso pressionou o governo para que revelasse detalhes das invasões virtuais russas (Kevin Lamarque/Reuters)

A

AFP

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 15h19.

Última atualização em 9 de dezembro de 2016 às 16h33.

Washington - Barack Obama pediu uma investigação de todos os ciberataques ocorridos durante o período eleitoral de 2016 - afirmou nesta sexta-feira (9) uma assessora presidencial, em meio a acusações de ingerência russa.

"O presidente ordenou à comunidade de Inteligência que realize uma investigação completa do que aconteceu durante o processo eleitoral de 2016", afirmou a assessora de Obama para questões de segurança doméstica, Luisa Monaco, em um café da manhã com o jornal The Christian Science Monitor.

Luisa acrescentou que Obama espera um informe antes do fim de seu mandato em 20 de janeiro, quando o republicano Donald Trump toma posse.

O pedido de investigar foi feito depois que a bancada democrata no Congresso pressionou o governo para que revelasse detalhes das invasões virtuais russas durante o processo eleitoral.

Em 7 de outubro, funcionários da Inteligência americana anunciaram que a Rússia "dirigiu os recentes vazamentos de e-mails de indivíduos e de instituições americanas, incluindo os de organizações políticas dos Estados Unidos".

"Esses roubos e divulgações pretendem interferir no processo eleitoral", de acordo com um comunicado conjunto do Departamento de Segurança Interna e do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (DNI, na sigla em inglês).

O comunicado se refere ao vazamento, por parte do WikiLeaks e de outros "sites", de "e-mails" invadidos nas contas de John Podesta, assistente da candidata democrata Hillary Clinton, e do Comitê Nacional Democrata.

A exposição desse material colocou o partido e a própria Hillary em uma situação delicada, durante uma das mais agressivas e acirradas campanhas eleitorais que o país já viu.

Inúmeras vezes, Trump rejeitou a acusação de que Moscou tenha tido algo a ver com esses vazamentos que prejudicaram Hillary e que - segundo alguns analistas - teriam contribuído para sua derrota nas urnas em 8 de novembro passado.

Acompanhe tudo sobre:Eleições americanasRússiaBarack ObamaHackers

Mais de Mundo

Israel intensifica preparativos para ofensiva em Gaza

Putin e Trump: mídia russa reage de forma negativa ao encontro de presidentes no Alasca

Venezuela se prepara para reação militar contra os EUA com 4,5 milhões de paramilitares mobilizados

Incerteza sobre aliança com os EUA leva Japão a reabrir debate sobre armas nucleares