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OIT diz que governo egípcio não consegue combater desemprego

Opinião da organização é que problema da falta de emprego e de liberdade foram os motivos das manifestações

Protesto no Egito: há anos OIT se preocupa com a legislação trabalhista no país (Chris Hondros/Getty Images)

Protesto no Egito: há anos OIT se preocupa com a legislação trabalhista no país (Chris Hondros/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2011 às 10h48.

Genebra - A Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirmou nesta quinta-feira que o Governo do Egito fracassou na resolução do grave problema de falta de trabalho, o que unido às restrições de liberdade terminaram, na sua opinião, acendendo o pavio da atual revolta popular.

No Egito e em vários países da região, "o desemprego, o subemprego e o trabalho informal estão entre os mais altos do mundo", ressaltou a instituição.

O diretor-geral, Juan Somavia, lembrou que a OIT está há anos preocupada com a legislação trabalhista no Egito, que permite o funcionamento de uma só federação sindical "e impõe obstáculos na organização dos trabalhadores em sindicatos de sua livre escolha".

Em sua última conferência anual, em julho, o organismo da ONU lamentou que o Governo egípcio não tivesse realizado nenhum progresso concreto nos impedimentos à liberdade sindical.

Pediu passos tangíveis para garantir que todos os trabalhadores possam formar organizações e filiar-se à sua preferência sem interferência do Estado.

Nos últimos dez anos, as manifestações populares levaram a criação da federação de sindicatos independente do Egito, destacou a OIT, que cumprimentou o avanço para os trabalhadores.

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