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Oitava greve geral no ano paralisa a Grécia

Principais sindicatos de todos os setores produtivos convocaram 24 horas de paralisações

Policias em paralisação protestam contra medidas de austeridade na Grécia (Milos Bicanski/Getty Images)

Policias em paralisação protestam contra medidas de austeridade na Grécia (Milos Bicanski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2010 às 08h39.

Atenas - A Grécia está paralisada nesta quarta-feira em decorrência da oitava greve geral deste ano contra as medidas de austeridade do Governo para reduzir o déficit e a dívida e diante das manifestações contra uma nova lei que facilita as demissões.

Os principais sindicatos de trabalhadores e de funcionários de todos os setores da produção convocaram uma paralisação geral de 24 horas.

Como consequência, centenas de voos foram cancelados nos aeroportos gregos, que estão fechados devido à participação no protesto dos controladores aéreos e dos funcionários da Aviação Civil.

Até esta quinta-feira, os trens também não irão circular, inclusive o serviço de traslado ao aeroporto internacional de Atenas.

Em protesto contra a fusão de cinco empresas de transporte em duas, com a consequente redução de pessoal, o transporte urbano público em Atenas se viu interrompido no início da manhã, das 5h às 9h pelo horário local (1h-5h de Brasília).

Essas paralisações voltarão a ocorrer durante toda a noite, a partir das 21h local (17h de Brasília).

Os navios também não viajarão às várias ilhas gregas, que ficaram sem conexão ao continente.

A União de Funcionários Fiscais (Adedy) convocou seus filiados a uma manifestação em frente ao Parlamento e nas principais cidades gregas, em protesto contra a redução paulatina do setor e os cortes de até 25% em salários e pensões sofridos nos últimos dez meses.

A Confederação Geral de Trabalhadores (GSEE), que representa o setor privado e as empresas mistas, convocaram protestos contra a lei adotada nesta terça-feira à noite no Parlamento para facilitar as demissões.

A nova e polêmica regulamentação dá prioridade aos acordos entre empresas e funcionários frente aos convênios coletivos, e abre a possibilidade de diminuir os salários ao nível do salário mínimo, de 740 euros por mês.

Durante a greve, os hospitais públicos atenderão somente as emergências. Nos tribunais, ministérios, creches e bancos só serão prestados serviços mínimos.

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