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Oito joias da realeza francesa foram levadas de sala do Louvre, diz Ministério

Roubo ocorreu na manhã deste domingo; diadema da imperatriz Eugênia foi recuperado e está sob perícia

Louvre: criminosos invadiram a Galeria de Apolo e levaram oito joias de valor patrimonial inestimável, segundo o governo francês. (Kiran Ridley/Getty Images)

Louvre: criminosos invadiram a Galeria de Apolo e levaram oito joias de valor patrimonial inestimável, segundo o governo francês. (Kiran Ridley/Getty Images)

Publicado em 19 de outubro de 2025 às 14h32.

Última atualização em 19 de outubro de 2025 às 15h27.

Oito joias da coroa francesa de valor "inestimável" foram roubadas do Museu do Louvre, na manhã deste domingo, 19, em Paris.

As informações foram confirmadas em um comunicado oficial do Ministério da Cultura da França.

O roubo ocorreu após o arrombamento de duas vitrines de alta segurança na Galeria de Apolo, onde ficam expostas as joias reais e os diamantes da Coroa, informou a nota.

Em entrevista ao canal BFMTV, o ministro do Interior, Laurent Nuñez, afirmou que a ação que levou as oito joias durou cerca de sete minutos e foi executada por um grupo de três ou quatro pessoas.

A ministra francesa da Cultura, Rachida Dati, confirmou que o crime aconteceu no momento da abertura do museu e que não houve feridos.

“Claramente esta é uma equipe que realizou reconhecimento, era muito experiente e agiu muito, muito rapidamente”, afirmou Nuñez.

Nas redes sociais, usuários compartilham vídeos do suposto momento em que os criminosos serram o vidro com as joias. Até então, as autoridades francesas não confirmaram sua veracidade:

Confira as oito joias roubadas do Louvre

  • Diadema do conjunto de joias da rainha Maria Amélia e da rainha Hortênsia;
  • Colar do conjunto de safiras da rainha Maria Amélia e da rainha Hortênsia;
  • Brinco pertencente ao conjunto de safiras da rainha Maria Amélia e da rainha Hortênsia;
  • Colar de esmeraldas do conjunto de joias de Maria Luísa;
  • Par de brincos de esmeraldas do conjunto de joias de Maria Luísa;
  • Broche conhecido como “relíquia”;
  • Diadema da imperatriz Eugênia;
  • Grande laço de corpete (broche) da imperatriz Eugênia.

Diadema da imperatriz Eugênia foi recuperado

De acordo com o comunicado, os alarmes do museu foram acionados no momento do arrombamento, descrito como “rápido e violento”.

Cinco agentes do Louvre estavam na sala e em áreas próximas e seguiram o protocolo de segurança.

"Graças ao profissionalismo e à rápida intervenção dos agentes do Louvre, os criminosos foram obrigados a fugir, deixando para trás parte dos objetos roubados, incluindo o diadema da imperatriz Eugênia, que se encontra sob perícia", afirmou o Ministério.

Um veículo utilizado na fuga foi encontrado abandonado nas proximidades do museu. O motorista conseguiu escapar.

Coroa de Eugénie de Montijo, esposa de Napoleão III, em exibição em 2020, no Louvre. (Getty Images)

Governo anuncia reforço na segurança do museu

A ministra da Cultura da França agradeceu aos agentes do Louvre pela “rápida resposta e grande profissionalismo” após o furto das oito joias.

Ela afirmou que o governo já trabalha em um novo plano de segurança, previsto no projeto “Louvre – Nova Renascença”, lançado em janeiro pelo presidente francês.

As medidas incluem a instalação de câmeras de nova geração, sistemas de detecção perimetral e a criação de um novo centro de controle de segurança.

Investigação em andamento

O caso ligado ao desaparecimento das oito joias no Louvre está sendo investigado pela Brigada de Repressão ao Banditismo (BRB), sob a coordenação da Promotoria de Paris. As autoridades abriram inquérito por formação de quadrilha e associação criminosa com o objetivo de cometer roubo.

O Louvre, considerado o museu mais visitado do mundo e lar de obras como a Mona Lisa, havia informado mais cedo que permaneceria fechado “por razões excepcionais” durante todo o dia.

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