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ONU descarta retirada de funcionários da Coreia do Norte

O regime de Kim Jong-un propôs a todas as embaixadas credenciadas em Pyongyang e aos organismos internacionais presentes no país que retirem seu pessoal


	ONU: "Nosso pessoal na Coreia do Norte segue comprometido com o trabalho que está sendo realizado e não está previsto que os mesmos abandonem o país", afirmou hoje o porta-voz da ONU, Martin Nesirky.
 (REUTERS/ Joshua Lott)

ONU: "Nosso pessoal na Coreia do Norte segue comprometido com o trabalho que está sendo realizado e não está previsto que os mesmos abandonem o país", afirmou hoje o porta-voz da ONU, Martin Nesirky. (REUTERS/ Joshua Lott)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2013 às 15h51.

Nações Unidas - A ONU afirmou nesta sexta-feira que não deverá retirar seus funcionários da Coreia do Norte mesmo após o regime de Kim Jong-un ter anunciado que não poderá mais garantir a segurança das embaixadas e das organizações internacionais a partir do dia 10 de abril em caso de conflito.

"Nosso pessoal na Coreia do Norte segue comprometido com o trabalho que está sendo realizado e não está previsto que os mesmos abandonem o país", afirmou hoje o porta-voz da ONU, Martin Nesirky, em uma videoconferência apresentada de Madri, onde acompanha o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon.

Nesirky, que não pôde precisar o número exato de pessoas que trabalham para ONU nesse país, detalhou que Ban está "estudando" a mensagem transmitida hoje pelas autoridades norte-coreanas a seu representante em Pyongyang, e anunciou que a ONU responderá "quando for oportuno".

O regime de Kim Jong-un propôs a todas as embaixadas credenciadas em Pyongyang e aos organismos internacionais presentes no país que retirem seu pessoal perante a impossibilidade de garantir sua segurança devido ao aumento da tensão na península coreana.

O porta-voz da ONU reiterou hoje que Ban está "profundamente preocupado" pelo aumento das tensões na zona e, por isso, defendeu a redução do tom das acusações e reiterou que está preparado para "ajudar o diálogo".

No último dia 26 de março, a Coreia do Norte anunciou que tinha posto seus mísseis e unidades de artilharia "em posição de combate", com o ponto de mira na Coreia do Sul, assim como no território continental dos Estados Unidos e nas bases militares do país no Oceano Pacífico.

Já no início desta semana, o regime de Pyongyang movimentou o que pareciam ser dois projéteis Musudan a sua costa oriental após ameaçar os EUA com um ataque nuclear, o que levou Washington a enviar seu avançado sistema de defesa antimíssil a sua base na ilha de Guam no Pacífico.

A Coreia do Norte ainda não realizou nenhum lançamento de teste do Musudan (também chamado de Taepodong-x), que foi apresentado pela primeira vez em um desfile militar em 2010 e cujo alcance gira em torno de 4 mil quilômetros, o que situa Guam dentro de sua linha de tiro. 

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