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Partido Conservador do Reino Unido nomeia novo presidente após escândalo fiscal

Embora o seu papel seja menos decisivo do que o de líder do partido, Hands terá a difícil tarefa de coordenar a campanha para as próximas eleições legislativas marcadas para janeiro de 2025

Rishi Sunak: primeiro-ministro substituiu em outubro o rápido governo de Liz Truss, sucessora de Johnson (Carl Court/Getty Images)

Rishi Sunak: primeiro-ministro substituiu em outubro o rápido governo de Liz Truss, sucessora de Johnson (Carl Court/Getty Images)

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AFP

Publicado em 7 de fevereiro de 2023 às 16h12.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2023 às 17h35.

O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, líder do Partido Conservador que prometeu "integridade" após os diversos escândalos que envolvem Boris Johnson, nomeou nesta terça-feira, 7, o novo presidente da organização política após ter destituído o anterior por problemas com as autoridades fiscais.

No âmbito de uma pequena remodelação governamental com a criação de quatro ministérios, o primeiro-ministro nomeou Greg Hands, até o momento ministro do Comércio Internacional, como ministro sem pasta e presidente do Partido Conservador.

Embora o seu papel seja menos decisivo do que o de líder do partido, Hands terá a difícil tarefa de coordenar a campanha para as próximas eleições legislativas marcadas para janeiro de 2025. Isto acontece em um momento que os conservadores estão muito atrás nas pesquisas, após 13 anos no poder.

O presidente anterior, Nadim Zahawi, foi destituído por "grave violação do código ministerial", ao chegar em um acordo com a fiscalização britânica para quitar um processo de milhões de libras em impostos. O incidente aconteceu em agosto de 2022, enquanto era ministro das Finanças de Johnson.

Sunak substituiu em outubro o rápido governo de Liz Truss, sucessora de Johnson, e está no poder há pouco mais de 100 dias.

Com a remodelação do gabinete, Grant Shapps, até então ministro de Negócios e Energia, assume a pasta de Segurança Energética e Neutralidade de Carbono.

Em entrevista, Sunak prometeu que isto permitirá ao Reino Unido "produzir mais energia" para não depender de "países hostis", como a Rússia, e "reduzir as contas de energia"

"Será pouco mais do que um exercício de relações públicas se não reverter a fracassada estratégia climática do governo", disse Mike Childs, chefe da ONG ambiental Friends of the Earth.

Nos outros três novos ministérios, Kemi Badenoch tornou-se ministra de Negócios e Comércio. Já Michelle Donellan, ministra da Cultura desde setembro, foi nomeada ministra da Ciência, Inovação e Tecnologia. Lucy Frazer assumirá a mesa da Cultura, Mídia e Esporte.

As mudanças garantirão que o gabinete de Sunak "se concentre nas promessas do primeiro-ministro" de reduzir pela metade a inflação superior a 10% e fazer a economia crescer, disse Downing Street em comunicado.

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