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PCE: inflação dos EUA segue estável e atinge 2,3% em maio

Dados foram informados nesta sexta-feira, 27, pelo governo americano

Consumidores em loja de Los Angeles, nos Estados Unidos (Frederic Brown/AFP)

Consumidores em loja de Los Angeles, nos Estados Unidos (Frederic Brown/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 27 de junho de 2025 às 09h36.

Última atualização em 27 de junho de 2025 às 09h43.

O PCE (índice de preço de consumo pessoal), um dos principais indicadores de inflação dos Estados Unidos, atingiu 2,3% em maio, informou o BEA (Escritório de Análises Econômicas) nesta sexta, 27. O valor se refere à soma dos últimos 12 meses. O avanço mensal foi de 0,1%, dentro da expectativa do mercado.

O indicador havia atingido 2,1% em abril e 2,3% em março., na variação anual.

No núcleo do PCE, indicador que exclui gastos com comida e energia, que são mais voláteis, houve alta mensal de 0,2%. A taxa anualizada dessa categoria está em 2,7%.

O BEA também informou que a renda pessoal dos americanos se retraiu em 0,4% em maio. A queda se deveu a uma redução em programas sociais do governo. Ao mesmo tempo, os salários aumentaram 0,4%, outro sinal de que a economia segue aquecida.

Houve também redução no consumo dos americanos, de 0,3% em relação ao mês anterior.

Os dados do PCE mostram que a guerra comercial iniciada por Donald Trump ainda teve poucos efeitos sobre a inflação aos consumidores nos EUA. Desde que tomou posse, em janeiro, o presidente americano criou diversas novas taxas, mas colocou várias delas em suspenso enquanto negocia concessões de outros países. Na quinta, 26, foi anunciado um acordo comercial com a China, o principal parceiro comercial do país.

Taxa de juros dos EUA

O mercado fica de olho no PCE por ele ser um dos os principais termômetros do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para aferir a inflação do país. A meta do Fed é trazer a inflação americana para 2%.

O Fed subiu as taxas de juros para tentar conter a inflação que veio após a pandemia, e iniciou um movimento de baixa em 2024. No entanto, essa queda foi pausada no fim do ano passado. A taxa atual está entre 4,25% e 4,50% ao ano.

Os juros altos nos EUA atraem mais capitais ao país, o que reduz o fluxo para outros países, como o Brasil, que passam a ter mais dificuldade para captar recursos. A alta nos juros americanos também influencia a queda na taxa de juros do Brasil.

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