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Pedidos de seguro-desemprego nos EUA atingem maior nível desde final de 2021

Aumento sugere que trabalhadores desempregados estão enfrentando mais dificuldades para encontrar um novo emprego, acendendo alerta entre economistas

Agência o Globo
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Publicado em 7 de agosto de 2025 às 13h32.

Última atualização em 7 de agosto de 2025 às 13h41.

Os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos atingiram o maior nível desde novembro de 2021, reforçando os sinais de que o mercado de trabalho está enfraquecendo.

Os chamados "continuing claims" — indicador de pessoas que continuam recebendo o benefício — aumentaram em 38 mil, totalizando 1,97 milhão na semana encerrada em 26 de julho, de acordo com dados do Bureau of Labor Statistics (Departamento do Trabalho), divulgados nesta quinta-feira.

O aumento no número de pedidos recorrentes indica que os trabalhadores desempregados estão enfrentando mais dificuldades para encontrar novas oportunidades de trabalho. Apesar disso, os novos pedidos continuam relativamente baixos neste ano, sugerindo que as empresas, de maneira geral, estão mantendo seus funcionários, mesmo com a desaceleração nas contratações.

Na semana passada, os pedidos iniciais subiram para 226 mil, um número ligeiramente superior ao esperado pelos economistas. Esses dados semanais tendem a ser voláteis, mas a média móvel de quatro semanas permaneceu praticamente inalterada.

Alerta econômico

Investidores e economistas estão atentos aos sinais de um possível enfraquecimento maior do mercado de trabalho, especialmente após o relatório de empregos de julho, que revelou uma desaceleração na criação de vagas mais acentuada do que o previsto.

O relatório, que incluiu revisões para baixo nos números de maio e junho, levou o presidente Donald Trump a demitir o comissário do Departamento do Trabalho e aumentou as expectativas de que o Federal Reserve poderá cortar os juros em sua próxima reunião de política monetária, em setembro.

Nos últimos meses, o crescimento do emprego tem mostrado sinais de desaceleração, à medida que as empresas se tornam mais cautelosas nas decisões de contratação, principalmente devido às políticas econômicas de Trump e à incerteza quanto a elas, especialmente no que diz respeito às tarifas.

Demissões e cortes no mercado de trabalho

Apesar disso, os cortes de vagas permanecem relativamente moderados neste ano. No entanto, grandes empresas, como Merck e Intel, recentemente anunciaram demissões, assim como a Universidade de Stanford, que planeja cortar mais de 300 funcionários, seguindo a tendência de outras instituições de ensino que reduziram seu quadro devido a cortes no financiamento federal.

Sem os ajustes sazonais, os pedidos iniciais aumentaram na última semana, com Massachusetts e Texas registrando os maiores incrementos.

Outro dado divulgado nesta quinta-feira indicou que a produtividade do trabalho nos EUA se recuperou no segundo trimestre, acompanhando o crescimento econômico. Essa recuperação está ajudando a conter as pressões inflacionárias salariais.

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