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Polícia proíbe jornalistas de filmarem mobilização em Pequim

Profissionais das emissoras BBC, ARD, ZDF e APTV foram levados a interrogatório

Agentes policiais, uniformizados ou à paisana, proibiram o acesso de jornalistas com câmeras ao local dos protestos (Peter Parks/AFP)

Agentes policiais, uniformizados ou à paisana, proibiram o acesso de jornalistas com câmeras ao local dos protestos (Peter Parks/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2011 às 09h50.

Pequim - A Polícia chinesa impediu neste domingo vários jornalistas estrangeiros de filmarem o amplo desdobramento das forças de segurança para impedir uma manifestação, e alguns deles, como das emissoras "BBC", "ARD", "ZDF" e "APTV" foram levados a interrogatório.

Agentes policiais, uniformizados ou à paisana, proibiram o acesso de jornalistas com câmeras à rua comercial Wangfujing, no centro de Pequim. Segundo as forças de segurança, filmar está proibido no local.

Os policiais permitiam o acesso à rua apenas aos jornalistas da imprensa escrita, entre eles a Agência Efe. No entanto, um deles, da agência de notícias alemã "Dpa", chegou a ser abordado e interrogado, mas acabou sendo liberado.

Paradoxalmente, numerosos agentes policiais de uniforme ou à paisana filmavam em vídeo ou fotografavam os transeuntes que passavam pela rua.

O protesto convocado, chamado de "passeatas da Revolução do Jasmim" - em alusão ao movimento civil que derrubou o Governo na Tunísia -, teve um resultado de difícil avaliação, pois o número de manifestantes foi superado em grande quantidade pelo de policiais.

Em Xangai, para onde também foram convocadas manifestações, várias pessoas que tiravam fotos da mobilização foram detidos em um primeiro momento.

Os jornalistas estrangeiros credenciados em Xangai foram advertidos pelas autoridades para que se afastassem do local de eventuais protestos.

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