Ilie Bolojan: político conservador foi nomeado nesta sexta-feira como novo primeiro-ministro da Romênia (DANIEL MIHAILESCU/AFP/Getty Images)
Agência de Notícias
Publicado em 20 de junho de 2025 às 10h46.
O político conservador Ilie Bolojan foi nomeado nesta sexta-feira, 20, como novo primeiro-ministro da Romênia pelo presidente do país, Nicusor Dan, e liderará um governo quadripartidário no qual estão as duas grandes legendas tradicionais, o social-democrata PSD e o liberal PNL.
Bolojan tem garantida uma maioria absoluta de 311 dos 465 deputados e senadores no Parlamento para poder empreender um amplo plano de cortes e economias para reduzir o déficit do país, o mais alto da União Europeia (UE).
Bolojan, de 56 anos, exerceu até 26 de maio o cargo de presidente interino do país em meio à crise institucional e política.
Os líderes dos quatro partidos, o PSD, o PNL, o centrista USR e o UDMR da minoria húngara já lhe garantiram seu apoio.
O novo primeiro-ministro terá agora que propor uma equipe de ministros que precisa ser aprovada pelo Parlamento, onde o segundo partido com mais cadeiras é o ultranacionalista AUR.
A Romênia encerrou 2024 com um déficit orçamentário de 9,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
O anterior governo de grande coalizão apresentou há meio ano um plano para reduzir o déficit, mas este mês a Comissão Europeia constatou que ainda não foram tomadas medidas concretas.
O país passou por uma grave crise política depois que um ultranacionalista pró-Rússia venceu o primeiro turno das eleições presidenciais em novembro de 2024, um processo que acabou sendo anulado pela Justiça por conta de diversas irregularidades.
Na repetição das eleições, outro ultranacionalista venceu novamente o primeiro turno, o que provocou a ruptura do governo.
Finalmente, o independente Dan venceu o segundo e definitivo turno em 18 de maio e impulsionou a formação de um Executivo com as forças europeístas.
O novo governo que será constituído agora deve enviar medidas de ajuste orçamentário à Comissão Europeia, o mais tardar na próxima semana, para que possam ser apresentadas na reunião dos ministros europeus de Economia e Finanças em 8 de julho.
Entre a lista de possíveis medidas estão o aumento do IVA, uma taxa sobre transações bancárias, a privatização parcial de empresas públicas, a fusão de órgãos estatais para reduzir custos e a redução das aposentadorias dos funcionários públicos.
Também está em discussão o aumento do imposto sobre dividendos e lucros empresariais, entre outras medidas.