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Políticos americanos não conhecem o Brasil, diz Economist

Esforço do governo brasileiro em se impor como potência geopolítica foi tardio

Segundo a revista, o recente encontro de Barack Obama e Dilma Rousseff em Washington aponta avanços na diplomacia entre os países, mesmo com essa falta de visão (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

Segundo a revista, o recente encontro de Barack Obama e Dilma Rousseff em Washington aponta avanços na diplomacia entre os países, mesmo com essa falta de visão (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2012 às 22h47.

O Brasil é a única grande economia que ainda é pouco conhecida e reconhecida por parte do governo dos Estados Unidos, diz a revista Economist em sua mais recente edição. O motivo desse distanciamento seria o fato de ser recente demais o esforço brasileiro em se impor como potência geopolítica. De acordo com a publicação, o reconhecimento da relevância do Brasil pelos políticos americanos ainda não se dá de forma natural por falta de costume: o governo brasileiro passou muitos anos sem ocupar uma posição de destaque no cenário internacional.

A embaixada do Brasil é muito pequena em Washington, e as empresas brasileiras não estão presentes em grande peso na capital, destaca a reportagem. Além disso, o governo brasileiro perderia por não recrutar brasileiros que moram nos EUA para fazer lobby do país junto ao governo americano. O fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter contrariado Washington em diversas situações - como apoiar indiretamente os abusos de direitos humanos em Cuba ou tentar impedir a imposição de sanções ao Irã - também traria certa desconfiança no Brasil pela Casa Branca.

Segundo a revista, o recente encontro de Barack Obama e Dilma Rousseff em Washington aponta avanços na diplomacia entre os países. Os presidentes parecem ter encontrado assuntos importantes a tratar, e a cooperação deve crescer nas áreas de segurança - por meio de encontros regulares entre seus ministros da Defesa - e turismo - com a abertura de novos consulados americanos no Brasil e uma discussão sobre eventual abolição da necessidade de vistos. Por enquanto, porém, os EUA permanecerão na defensiva até que o Brasil "defina uma política externa clara", diz Economist.

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