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Discurso de premiê japonês sobre II Guerra deixa a desejar

A Presidente da Coreia do Sul diz que discurso de premiê japonês em comemoração ao fim da segunda Guerra Mundial "deixou a desejar"


	Premiê do Japão, Shinzo Abe
 (Reuters)

Premiê do Japão, Shinzo Abe (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2015 às 09h38.

Seul - A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, disse neste sábado que o discurso pronunciado pelo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, por ocasião do 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, deixa "muito a desejar" e lhe exigiu desculpas "com ações coerentes".

No discurso pronunciado na sexta-feira, Abe se comprometeu a manter as posturas de governos anteriores, que então lamentaram e pediram perdão pelas atrocidades do Japão imperial em lugares como a península coreana e a China antes e durante a guerra.

Embora o primeiro-ministro tenha pedido perdão pela dor causada, evitou emitir uma contundente mensagem de desculpa durante sua falta, algo que foi criticado hoje pela presidente sul-coreana.

Em seu discurso por ocasião do 70º aniversário da independência sul-coreana (fruto da rendição do Japão em 15 de agosto de 1945), Park instou o governo de Abe a "demonstrar com ações coerentes e sinceras a promessa de herdar o reconhecimento que fizeram anteriores gabinetes" japoneses a respeito das ações do país no passado.

Além disso, Park trouxe à tona novamente o tema das "mulheres de conforto", eufemismo utilizado para referir-se às centenas de milhares de mulheres, em sua maioria coreanas, que foram recrutadas à força pelo exército imperial para que servissem de escravas sexuais às tropas durante a Segunda Guerra Mundial.

A presidente voltou a exigir que o Japão resolva o assunto, um dos que mais provoca atritos diplomáticos entre ambos países, por meio de um programa de indenizações para as poucas vítimas sobreviventes.

Apesar de serem aliados e importantes parceiros econômicos, as relações entre Coreia do Sul e Japão se esfriaram desde a chegada de Park e Abe ao poder no final de 2012, até o ponto que ainda não foi realizada nem uma só reunião entre ambos. EFE

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