Mundo

Primeiro-ministro libanês renuncia alegando risco de morte

Saad al-Hariri, renunciou neste sábado, dizendo que há um plano para matá-lo e criticou o Irã e o Hezbollah

Saad al-Hariri: percebi o que está sendo traçado secretamente para atingir minha vida (Reuters/Reuters)

Saad al-Hariri: percebi o que está sendo traçado secretamente para atingir minha vida (Reuters/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 4 de novembro de 2017 às 11h48.

BEIRUTE (Reuters) - O primeiro-ministro libanês, Saad al-Hariri, renunciou neste sábado, dizendo que há um plano para matá-lo e criticou o Irã e o Hezbollah.

"Estamos vivendo em um clima semelhante à atmosfera que prevaleceu antes do assassinato do martir Rafik al-Hariri (seu pai, o primeiro-ministro), percebi o que está sendo traçado secretamente para atingir minha vida", disse ele.

Na declaração, Hariri disse que o Irã estava "perdendo em sua interferência nos assuntos do mundo árabe", acrescentando que o Líbano "cresceria como já fez no passado" e "cortou as mãos sujas que tentam prejudicá-lo".

Hariri tornou-se primeiro ministro do Líbano no fim do ano passado, após um acordo político que também colocou o aliado do Hezbollah, Michel Aoun, como presidente do país.

O Hezbollah é politicamente dominante no Líbano, mas seus vínculos com o Irã e seu apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad, irritaram alguns libaneses.

Hariri visitou a Arábia Saudita, inimigo político do Irã e do Hezbollah, duas vezes na semana passada para se encontrar com o príncipe Herdeiro Mohammed bin Salman e outras autoridades.

A televisão de al-Jadeed, baseada em Beirute, informou que a declaração de renúncia de Hariri foi feita e transmitida pela Riad, capital da Arábia Saudita.

(Reportagem de Angus McDowall)

Acompanhe tudo sobre:MortesLíbanoIrã - País

Mais de Mundo

Deputados rejeitam vetos de Milei, que acumula derrotas na Argentina

Após mobilização de forças dos EUA, Venezuela realiza exercícios militares em ilha do Caribe

Cuba estima em US$ 7,556 bilhões custo anual das sanções aplicadas pelos EUA

Congresso dos EUA convoca diretores de Discord, Twitch e Reddit após assassinato de Kirk