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Que diferença fará Gleisi Hoffmann?

O temor agora é de um envelhecimento precoce de uma gestão com apenas seis meses de vida

Gleisi Hoffman (Agência Senado)

Gleisi Hoffman (Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 21h20.

São Paulo - O incêndio que fazia arder o governo Dilma Rousseff foi debelado com a (tardia) demissão de Antonio Palocci da Casa Civil. Mas a questão de fundo quanto ao futuro de Dilma – quem irá cumprir o papel de articulador político? – continua do mesmo tamanho de antes da queda de Palocci.

A própria senadora Gleisi Hoffmann, agora ministra-chefe da Casa Civil, deixou claro em sua rapidíssima entrevista de estreia que ficará voltada mais para a gestão do governo. Ou seja, tentará ser uma espécie de “Dilma” de Dilma – embora pareça incrivelmente mais frágil, em todos os aspectos, do que a ex-braço direito de Lula.
 
Nas últimas semanas, o imbróglio que monopolizou a atenção do país acabou evidenciando a inabilidade de Dilma em lidar com um ambiente político que não é para iniciantes. Foi massacrada pelo PMDB na votação do Código Florestal. Viu seu antecessor assumir a cena com uma volúpia inédita para um ex-presidente. Dilma, enfim, sai menos presidente de sua primeira grande crise.
 
O risco, agora, não é exatamente de uma guinada esquerdista. O temor é de um precoce envelhecimento de uma gestão com apenas seis meses de vida. Por ora, a verdade é que Dilma ainda não disse a que veio.
 
Com a articulação política em frangalhos, não dá para afastar a hipótese de que o governo se transforme num medíocre gestor do dia a dia. A presidente, claro, tem os meios para reverter esse quadro – mas dificilmente a nova ministra da Casa Civil fará grande diferença na hora de retomar a iniciativa.
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