A região entre Melbourne e Fort Pierce, na costa atlântica da Flórida, já é conhecida há gerações por atrair caçadores de tesouros. (Reprodução/ 1715 Fleet - Queens Jewels, LLC)
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Publicado em 6 de outubro de 2025 às 12h24.
Uma equipe de mergulhadoras profissionais recuperou mais de mil moedas de prata e cinco de ouro em um naufrágio localizado na chamada "Costa do Tesouro", no litoral da Flórida, nos Estados Unidos.
Segundo a empresa 1715 Fleet – Queens Jewels LLC, responsável pela operação, o tesouro encontrado estaria avaliado em US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões).
As moedas teriam sido fabricadas nas colônias espanholas do México, Peru e Bolívia, e chamam atenção pelo excelente estado de conservação. De acordo com os especialistas, as datas e marcas continuam visíveis, o que leva a crer que todas saíram de um mesmo baú que teria se rompido durante a tempestade.
A frota espanhola que transportava essas riquezas teria afundado em julho de 1715, quando um furacão devastou o comboio que voltava do Novo Mundo para a Espanha.
Segundo registros históricos, a perda foi estimada em US$ 400 milhões, tornando o episódio uma das maiores tragédias marítimas das Américas. E, embora os espanhóis tenham resgatado parte do tesouro logo após o naufrágio, o restante ficou perdido no fundo do mar.
Qual a empresa mais antiga do Brasil? Casa da Moeda completou 331 anos em 2025"Cada moeda é um pedaço da história, uma ligação com as pessoas que viveram e navegaram durante a Era de Ouro do Império Espanhol", afirmou Sal Guttuso, diretor de operações da 1715 Fleet.
A região entre Melbourne e Fort Pierce, na costa atlântica da Flórida, já é conhecida há gerações por atrair caçadores de tesouros. Ao longo dos anos, milhões em artefatos históricos teriam sido recuperados nessas águas, criando até mesmo uma indústria local voltada para esse tipo de exploração.
De acordo com a lei da Flórida, tesouros encontrados em águas do estado pertencem ao governo, mas empresas podem obter licenças para realizar buscas autorizadas. Nesse caso, os artefatos podem ser divididos da seguinte forma: até 20% ficariam com o estado para pesquisa ou exposição em museus.
Os 80% restantes iriam para a empresa responsável, subcontratados e mergulhadores envolvidos na operação, após negociação entre as partes. Antes da divisão, porém, é esperado que todas as peças passem por um processo de conservação para garantir que o patrimônio histórico seja preservado.