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Rússia lança ataque com mais de 620 drones e mísseis contra Ucrânia e deixa 4 mortos

A Força Aérea ucraniana afirmou ter derrubado mais da metade desses artefatos, 25 mísseis e 319 drones. Um míssil e cerca de vinte drones atingiram cinco locais

Bombeiros são vistos ao lado de um carro queimado após ataques em massa de drones e mísseis russos na cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, em 12 de julho de 2025, em meio à invasão russa da Ucrânia. (YURIY DYACHYSHYN / AFP/AFP Photo)

Bombeiros são vistos ao lado de um carro queimado após ataques em massa de drones e mísseis russos na cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, em 12 de julho de 2025, em meio à invasão russa da Ucrânia. (YURIY DYACHYSHYN / AFP/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 12 de julho de 2025 às 09h24.

A Rússia lançou mais de 620 drones e mísseis contra a Ucrânia neste sábado, 12, onde intensificou sua ofensiva nas últimas semanas, e deixou ao menos quatro mortos e vários feridos longe da linha de frente, segundo as autoridades locais.

Toda semana, Moscou bate recordes no número de drones disparados contra a Ucrânia. "Vinte e seis mísseis de cruzeiro e 597 drones de ataque foram lançados, dos quais mais da metade eram drones 'Shahed' de fabricação iraniana", disse o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

A Força Aérea ucraniana afirmou ter derrubado mais da metade desses artefatos, 25 mísseis e 319 drones. Um míssil e cerca de vinte drones atingiram "cinco locais", informou a Força Aérea, sem fornecer mais detalhes.

No geral, o oeste da Ucrânia não costuma ser alvo de ataques russos, em comparação com as áreas leste e sul, onde os combates se concentram. Mas os bombardeios deste sábado deixaram pelo menos dois mortos e vinte feridos na cidade ocidental de Chernivtsi, segundo o presidente ucraniano.

Outras seis pessoas, incluindo um menino de 11 anos, ficaram feridas em Lviv, também no oeste, segundo a administração regional.

As autoridades da cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, relataram seis feridos; e as da região de Dnipropetrovsk, no centro do país, relataram duas mortes.

O Ministério da Defesa russo afirmou ter realizado um "ataque agrupado" contra "empresas do complexo militar-industrial ucraniano" em Lviv, Kharkiv e Lutsk, e contra um aeródromo militar.

"Todos os alvos designados foram destruídos", afirmou o ministério em um comunicado.

"Mais do que sinais"

Neste sábado, Zelensky pediu a seus aliados que enviassem "mais do que sinais" para conter a Rússia, insistindo que "o ritmo dos bombardeios russos exige decisões rápidas e pode ser contido agora por meio de sanções".

O presidente pediu punição para aqueles "que ajudam a Rússia a produzir drones e lucrar com o petróleo", cujas exportações são cruciais para sua economia. A União Europeia proibiu a importação de petróleo russo, mas continua comprando gás de Moscou. Zelensky também instou seus aliados a reforçarem sua defesa aérea.

A Rússia realizou os bombardeios deste sábado depois que os Estados Unidos reafirmaram seu apoio à Ucrânia. Na quinta-feira, Zelensky confirmou que o presidente Donald Trump havia lhe comunicado "datas específicas" para a entrega de novas armas.

O presidente americano mencionou que poderia fazer "uma declaração importante sobre a Rússia" na segunda-feira, após se declarar "decepcionado" com seu homólogo russo, Vladimir Putin, com quem mantém contato desde seu retorno à Casa Branca em janeiro.

A Ucrânia e vários políticos americanos, também do lado de Trump, exigem que o presidente imponha novas sanções contra a Rússia, algo que ele rejeita, alegando querer dar uma chance aos canais diplomáticos.

As negociações para encerrar o conflito estão estagnadas: o Kremlin rejeita a ideia de um cessar-fogo, exige que a Ucrânia entregue quatro regiões parcialmente ocupadas e desista de aderir à Otan — condições inaceitáveis para Kiev.

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