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Sheinbaum busca 'melhores condições' comerciais com EUA enquanto negocia sobre segurança

A negociação do novo pacto sobre segurança ocorre enquanto o presidente Donald Trump pressiona o país vizinho para intensificar os esforços no combate ao narcotráfico

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 1 de setembro de 2025 às 16h52.

Última atualização em 1 de setembro de 2025 às 18h04.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, destacou nesta segunda-feira, 1º, a possibilidade de alcançar "melhores condições" na relação comercial com os Estados Unidos, enquanto negocia um acordo de segurança com o governo americano.

O novo "marco de colaboração", que abrange o combate ao tráfico de drogas e armas através da fronteira comum, será acordado nesta semana durante a visita do chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, garantiu Sheinbaum ao apresentar seu primeiro relatório de governo.

Rubio chegará ao México na terça-feira e se reunirá com a governante de esquerda na quarta-feira, antes de viajar rumo ao Equador para um encontro com o presidente Daniel Noboa.

A negociação do novo pacto sobre segurança ocorre enquanto o presidente Donald Trump pressiona o país vizinho para intensificar os esforços no combate ao narcotráfico.

Há duas semanas, meios de comunicação dos Estados Unidos asseguraram que Trump ordenou que as Forças Armadas combatam os cartéis latino-americanos categorizados pelos Estados Unidos como organizações "terroristas" globais.

Reforma constitucional

Ao apresentar seu relatório após 11 meses no cargo, Sheinbaum lembrou a recente aprovação de uma reforma constitucional, segundo a qual o México sanciona "intervenções, intromissões ou qualquer outro ato proveniente do estrangeiro que seja lesivo" à soberania nacional.

O México, parceiro do Canadá e dos Estados Unidos no tratado de livre comércio T-MEC, "é o país com o menor percentual" de tarifas impostas por Trump, destacou Sheinbaum.

"Conseguimos construir uma relação de respeito mútuo. (...) Estamos convencidos de que, no contexto do tratado comercial, podemos alcançar ainda melhores condições", acrescentou a mandatária.

A economia mexicana, a segunda maior da América Latina depois da brasileira, é uma das mais vulneráveis às tarifas do republicano devido ao fato de que mais de 80% de suas exportações têm como destino os Estados Unidos.

Embora Sheinbaum tenha conseguido desativar, no final de julho, direitos aduaneiros gerais de 30%, o México enfrenta tarifas de 25% em seu vital setor automotivo, com alguns descontos sobre peças fabricadas nos Estados Unidos, e uma tarifa de 50% no setor de aço e alumínio.

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