Mundo

Soldado trocado por talebans parecia drogado e doente

Bowe Bergdahl, o soldado americano trocado por cinco talebans detidos em Guantánamo, parecia doente e drogado, segundo senadores

O soldado americano Bowe Bergdahl (D): "não tinha um bom aspecto", disse senador (Al-Emara/AFP)

O soldado americano Bowe Bergdahl (D): "não tinha um bom aspecto", disse senador (Al-Emara/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 11h05.

Washington - Bowe Bergdahl, o soldado americano trocado por cinco talebans detidos em Guantánamo, parecia doente e drogado no vídeo enviado ao Pentágono como prova de vida do militar para o início das negociações, informaram nesta quarta-feira dois senadores.

"Não tinha um bom aspecto. Entendo o poder emocional que este vídeo teve no presidente" Barack Obama, disse à imprensa o senador republicano Mark Kirk, após ver as imagens em uma reunião com o pessoal do Pentágono.

Segundo o senador, Bergdahl murmurava citando fatos como a morte de Nelson Mandela, em dezembro passado, para provar que o vídeo tinha menos de seis meses.

O senador democrata Dick Urbin acrescentou que o vídeo "deixa claro que este homem não estava em boas condições", algo que pode ter levado a Casa Branca a agir imediatamente para resgatar Bergdahl, que foi capturado pelos talebans no Afeganistão em 2009.

"Parecia drogado, cansado ou doente. É difícil de descrever, mas não parecia uma pessoa normal".

Muitos senadores criticaram o envio de cinco talebans de Guantánamo ao Catar, onde permanecerão durante um ano.

"Estou cético sobre a vantagem disto para os Estados Unidos", disse o senador republicano Marco Rubio. "Estabelecemos um precedente que incentivará os inimigos dos Estados Unidos a tentar capturar compatriotas com uniforme".

Único militar americano detido no Afeganistão desde que os Estados Unidos iniciaram a guerra ao país, em 2001, Bergdahl foi libertado no sábado em troca de cinco importantes dirigentes do regime taleban presos em Guantánamo.

A euforia inicial pela libertação em Washington foi substituída por um conflito político, com os republicanos acusando Obama de ser um líder ingênuo e um comandante-em-chefe irresponsável.

Além disso, o acordo foi criticado pelos rumores de que Bergdahl desertou de seu posto no Afeganistão há cinco anos atrás.

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoÁsiaEstados Unidos (EUA)IslamismoPaíses ricosTalibã

Mais de Mundo

Hamas afirma que não irá se desarmar até que Estado palestino seja estabelecido

Desabamento mata cinco trabalhadores em mina de ouro na Bolívia

Kiev descobre suposto esquema de corrupção relacionado a compras militares

Bombardeio do Exército de Mianmar contra mina de rubis deixa 13 mortos