Redação Exame
Publicado em 5 de agosto de 2025 às 18h03.
Última atualização em 5 de agosto de 2025 às 18h12.
Nesta quarta-feira, 6 de agosto, dia em que as novas tarifas de importação dos EUA para o Brasil entram em vigor, a EXAME fará um programa ao vivo para debater o cenário político e comercial das novas medidas.
A edição especial da série Macro em Pauta Internacional receberá Lucas Spadano, sócio do Madrona Advogados e advogado especialista em comércio exterior, que atuou na missão do Brasil na Organização Mundial do Comércio, e Vinicius Vieira, professor de relações internacionais na FGV. A apresentação será feita por Rafael Balago, repórter de mundo da EXAME.
O programa começará às 10h e será exibido no site e no canal do YouTube da EXAME. Assista abaixo:
Em 30 de julho, Trump assinou uma ordem executiva impondo uma tarifa de importação de 50% aos produtos brasileiros. A cobrança entra em vigor nesta quarta-feira, 6 de agosto.
A medida, no entanto, isenta uma série de produtos que o Brasil exporta aos EUA, incluindo suco de laranja, minérios, aeronaves e petróleo. A lista completa soma cerca de 700 itens.
Ao mesmo tempo, a taxa vai incidir sobre outros itens importantes da pauta de exportações brasileiras, como a carne e o café, o que poderá inviabilizar exportações brasileiras.
Segundo a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), as isenções contemplam 42,3% do total das exportações que o país fez aos EUA em 2024.
A medida coloca 40% adicionais de tarifas sobre a taxa de 10% anunciada em abril, adotada para todos os países, somando 50%. Assim, os itens isentos agora ficarão com tarifa de 10%.
Como justificativa, o governo americano disse que a medida é uma "resposta a políticas, práticas e ações recentes do Governo do Brasil que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos", disse a Casa Branca, em comunicado.
"O presidente Trump está defendendo empresas americanas contra extorsão, protegendo cidadãos americanos da perseguição política, salvaguardando a liberdade de expressão nos EUA contra a censura e salvando a economia americana de estar sujeita aos decretos arbitrários de um juiz estrangeiro tirânico", diz a nota.