A nevasca atingiu principalmente a face leste da montanha e isolou escaladores, turistas e caminhantes em pontos remotos como o vale de Karma. (AFP/AFP)
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Publicado em 7 de outubro de 2025 às 14h59.
Última atualização em 7 de outubro de 2025 às 15h14.
Uma tempestade de neve atípica deixou mais de mil pessoas presas nas encostas do Monte Everest desde a noite de sexta-feira, 3.
Nesta terça-feira, 7, cerca de 200 visitantes ainda aguardam resgate em acampamentos a mais de 4 mil metros de altitude, no lado tibetano da fronteira entre China e Nepal.
A nevasca atingiu principalmente a face leste da montanha e isolou escaladores, turistas e caminhantes em pontos remotos como o vale de Karma.
O temporal foi descrito por alpinistas experientes como excepcional para outubro, mês de pico turístico na região. A tempestade coincidiu justamente com a Semana Dourada chinesa, feriado nacional de oito dias que aumentou o fluxo de visitantes para a área.
20 curiosidades que você talvez não saiba sobre o Monte EverestVentos intensos, neve acumulada de até 1 metro, trovões e relâmpagos bloquearam trilhas e estradas. Barracas foram danificadas e o risco de hipotermia cresceu entre os visitantes isolados.
Não há mortes confirmadas até o momento.
As operações de resgate começaram no sábado, 4, mobilizadas pelo governo local de Tingri com apoio de militares, moradores e guias de montanha.
Até agora, cerca de 350 pessoas já foram retiradas e levadas para a cidade de Qudang, a 48 quilômetros do acampamento-base tibetano. Todos os evacuados estão em boas condições de saúde, segundo a emissora estatal chinesa CCTV e a agência Reuters.
As 200 pessoas que ainda aguardam resgate foram localizadas pelas equipes. Os grupos trabalham desobstruindo caminhos, instalando abrigos emergenciais e distribuindo suprimentos.
As autoridades garantem que há mantimentos suficientes para todos os afetados, mas as condições climáticas dificultam o avanço das operações.