Membros da Guarda Nacional fazem guarda do lado de fora do Centro de Detenção Metropolitana (MDC), no centro de Los Angeles, Califórnia, em 8 de junho de 2025. (Frederic J. Brown/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 2 de agosto de 2025 às 17h43.
Um tribunal americano ratificou na noite de sexta-feira a decisão de uma juíza federal de julho que proíbe a discriminação racial nas detenções violentas de imigrantes em Los Angeles, que aumentaram no sul da Califórnia desde junho.
Três juízes de um tribunal de apelações da cidade validaram a decisão da juíza de primeira instância Maame Ewusi-Mensah Frimpong, que em 11 de julho decidiu a favor de uma denúncia apresentada por vários migrantes estrangeiros, dois cidadãos americanos e diversas associações.
Os denunciantes afirmaram que foram vítimas de discriminação racial e enfrentaram obstáculos e obstruções para ter acesso à assistência jurídica durante sua detenção.
A juíza Frimpong mencionou a grande quantidade de "provas apresentadas" pelos demandantes.
"Esta é mais uma confirmação de que a invasão paramilitar de Los Angeles por parte da administração (do presidente Donald) Trump violou a Constituição e causou danos irreparáveis em toda a região", comentou Mohammad Tajsar, advogado da organização de direitos civis ACLU, em um comunicado.
Em Los Angeles e outros seis condados da Califórnia, a Agência Federal de Imigração e Alfândega (ICE) não poderá mais realizar detenções motivadas por quatro fatores:
A intensificação das operações policiais em locais onde latino-americanos trabalham é motivo de controvérsia em Los Angeles desde o início de junho.
O governo Trump ordenou a mobilização da Guarda Nacional contra a vontade do governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom.
A imigração fornece mão de obra essencial para o setor agrícola americano: 42% dos trabalhadores agrícolas não têm autorização para trabalhar no país, segundo um estudo de 2022 do Departamento de Agricultura.