Tarifas globais: o impacto das novas taxas comerciais dos EUA sobre países como Costa Rica e Bolívia (Brendan Smialowski / AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 1 de agosto de 2025 às 07h06.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira, em uma ordem executiva, que as novas tarifas globais, que deveriam entrar em vigor nesta sexta-feira, começarão a ser aplicadas a partir de 7 de agosto. O novo plano tarifário foi publicado no site da Casa Branca horas antes do prazo concedido aos seus parceiros para chegar a um acordo sobre novas taxas expirar.
O documento especifica que as modificações na tarifa “harmonizada” entrarão em vigor a partir de 0h01, horário da costa leste dos Estados Unidos, sete dias após a data do decreto ratificado.
A ordem destaca que alguns parceiros comerciais dos EUA concordaram, ou estão prestes a concordar, com compromissos significativos em matéria de comércio e segurança. Outros, apesar de terem participado das negociações, ofereceram termos que, em sua opinião, não abordam “de maneira suficiente” os desequilíbrios na relação comercial ou não conseguiram se alinhar adequadamente com os Estados Unidos em questões econômicas e de segurança nacional.
Alguns simplesmente não participaram das negociações nem tomaram medidas adequadas para se alinharem suficientemente com os EUA em questões econômicas e de segurança nacional.
Para os países aos quais os Estados Unidos vendem mais do que compram, mantém-se a tarifa de 10% anunciada em 2 de abril, dia em que foi anunciada pela primeira vez toda uma série de tarifas aos parceiros dos EUA.
Uma tarifa de 15% é apresentada como o novo mínimo para os países com os quais os Estados Unidos consideram ter um déficit comercial, conforme destacou a emissora "CNN". Cerca de 40 países estão sujeitos a essa porcentagem, entre eles Costa Rica, Equador, Venezuela e Bolívia. Além disso, países como Mianmar e Laos estarão sujeitos a impostos de 40%.
A nova medida pode gerar grandes consequências para as nações com as quais os Estados Unidos têm déficit comercial. Com tarifas mais altas, esses países podem enfrentar desafios econômicos e diplomáticos, além de mudanças nas relações comerciais com os EUA.