Agência de Notícias
Publicado em 21 de outubro de 2025 às 14h29.
Última atualização em 21 de outubro de 2025 às 14h37.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu nesta terça-feira que há "vários" países aliados dispostos a entrar na Faixa de Gaza com "força considerável" caso o Hamas viole os termos do plano de paz conduzido por Washington, e disse esperar que o grupo islâmico "faça a coisa certa".
“Vários de nossos agora grandes aliados no Oriente Médio, e em áreas próximas, me informaram explícita e enfaticamente, com grande entusiasmo, que estariam dispostos, se solicitados por mim, a entrar em Gaza com força considerável e 'endireitar o Hamas' se ele continuar a agir incorretamente", escreveu Trump na plataforma Truth Social.
O mandatário americano reiterou que disse “a esses países e a Israel: ‘ainda não!’”.
“Ainda há esperança de que o Hamas faça a coisa certa. Se não o fizer, o fim do Hamas será rápido, furioso e brutal”, reiterou Trump, que já no dia anterior havia ameaçado o grupo com a “erradicação” se rompesse o cessar-fogo, embora tenha descartado a possível presença de militares de seu país na Faixa de Gaza.
Agradeceu “a todos os países que entraram em contato para oferecer ajuda” e elogiou “o grande e poderoso país da Indonésia e seu maravilhoso líder (o presidente Prabowo Subianto) por toda a ajuda que demonstraram e prestaram ao Oriente Médio e aos EUA”.
A trégua na Faixa de Gaza começou no último dia 10 como parte de um plano de paz de 20 pontos, proposto por Trump, que inclui a devolução de reféns israelenses, a libertação de prisioneiros palestinos e a retirada parcial das tropas de Israel.
Desde então, o Hamas denunciou que Israel violou o cessar-fogo cerca de 80 vezes. Já as Forças de Defesa de Israel (FDI) acusaram o grupo de terem violado o cessar-fogo na manhã do último domingo por supostos confrontos em Rafah.
Após os confrontos, Israel afirmou ter “retomado a aplicação do cessar-fogo” e Trump disse, por sua vez, que a trégua “continua em vigor”.
Em meio a essa situação tensa, o vice-presidente americano, JD Vance, está hoje em Tel Aviv para supervisionar a implementação do cessar-fogo, para o qual se reunirá com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Se o acordo continuar, a segunda fase da proposta estipula a desmilitarização de Gaza, o envio de uma força internacional de estabilização e um plano de reconstrução com o apoio das nações árabes.