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Trump ameaça tarifa de 50% sobre cobre e dá prazo para indústria farmacêutica

Medidas fazem parte de pacote setorial e preveem até 18 meses para que a indústria farmacêutica evite tarifa de até 200%

Trump teve conversa com jornalistas nesta terça e explicou alguns pontos (Jim Watson/AFP)

Trump teve conversa com jornalistas nesta terça e explicou alguns pontos (Jim Watson/AFP)

Publicado em 8 de julho de 2025 às 15h23.

Última atualização em 8 de julho de 2025 às 15h44.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que planeja implementar tarifas sobre setores selecionados, incluindo medicamentos, semicondutores e metais. Entre as medidas, está prevista uma taxação de 50% sobre o cobre, como parte desse pacote tarifário. A declaração foi dada a jornalistas durante uma reunião de gabinete nesta terça-feira, 8.

Trump também indicou que os fabricantes farmacêuticos terão um prazo de pelo menos um ano para trazer suas operações para os Estados Unidos antes da aplicação das tarifas sobre os produtos importados, que poderão chegar a 200%.

“Acreditamos que a tarifa sobre o cobre será de 50%”, disse Trump ao responder questionamento sobre a alíquota. Após a declaração, os contratos futuros de cobre em Nova York chegaram a subir até 17%, a maior alta intradiária desde 1988.

Lei de 1962

A iniciativa se baseia em investigações conduzidas sob a Seção 232 da Lei de Expansão Comercial de 1962, que autoriza a imposição de tarifas quando importações são consideradas ameaça à segurança nacional. Após a conclusão dessas análises, a expectativa é de que as tarifas sejam implementadas.

Além disso, o republicano destacou que outras tarifas específicas por país, não relacionadas à Seção 232, deverão entrar em vigor no início de agosto.

Por que as bolsas asiáticas subiram mesmo com novas tarifas

Apesar das novas tarifas impostas por Donald Trump, os principais mercados afetados pela tributação parecem não ter se abalado. Pelo contrário, as bolsas da Ásia fecharam em alta e as da Europa também operam no terreno positivo. Teriam os investidores ignorado as medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos?

Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, explica que há um sentimento no mercado de que Trump possa retroceder na decisão das alíquotas. O que aponta para isso é o adiamento da implementação dos impostos de 9 de julho para 1º de agosto. “O mercado ainda não compra as alíquotas que ele declarou”, afirma.

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