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Trump amplia tarifas para mais seis países, veja lista completa

Presidente dos EUA sobe para 20 o número de nações que enfrentarão novas taxas de até 40% a partir de agosto

Donald Trump divulgou novas cartas com tarifas comerciais em seu perfil na Truth Social; medida afeta exportações de ao menos 20 países a partir de agosto (Chip Somodevilla/AFP)

Donald Trump divulgou novas cartas com tarifas comerciais em seu perfil na Truth Social; medida afeta exportações de ao menos 20 países a partir de agosto (Chip Somodevilla/AFP)

Publicado em 9 de julho de 2025 às 13h10.

Última atualização em 9 de julho de 2025 às 15h18.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 9, que irá impor novas tarifas sobre importações de mais seis países, ampliando para pelo menos 20 o número de nações que deverão ser afetadas pelas medidas a partir de 1º de agosto.

Os novos comunicados foram enviados por meio de cartas publicadas na rede social de Trump, a Truth Social. Os países citados nesta nova rodada são Filipinas, Brunei, Moldávia, Argélia, Iraque e Líbia.

As mensagens seguem o mesmo padrão das cartas enviadas dois dias antes a outras 14 nações, entre elas Japão, Coreia do Sul, Malásia, Indonésia, África do Sul e Sérvia.

Nos textos, Trump informa que os produtos exportados por esses países para os EUA passarão a enfrentar tarifas de 20% a 40%. As cartas indicam que os EUA “talvez” considerem ajustar os novos níveis tarifários, “dependendo do nosso relacionamento com seu país.”

Entenda as tarifas de Trump

Desde que tomou posse, em janeiro, Trump passou a aumentar tarifas de importação sobre outros países, sob argumento de que eles estariam trazendo problemas aos EUA.

Trump quer que as empresas voltem a produzir nos Estados Unidos, em vez de ter fábricas no exterior, como fazem há décadas para cortar custos. Assim, ao encarecer as exportações por meio de novas taxas, ele espera que mais indústrias se mudem para os EUA e gerem empregos no país.

Além disso, Trump reclama do déficit comercial dos EUA com os outros países, e usa as tarifas como meio de pressionar os parceiros a comprarem mais itens americanos. Em vários casos, houve acordos nesse sentido: um compromisso de maiores compras ou abertura de mercados a produtos dos EUA em troca de Trump desistir de novas taxas.

Assim, analistas apontam que Trump usa as novas taxas como um elemento de pressão. Ele cria um problema que não existia antes, as novas taxas, e exige que os outros países mudem de postura para não implantá-las.

Em abril, Trump anunciou uma tarifa geral de 10% extras a quase todos os países do mundo e outra taxa extra, que variava entre os países de acordo com o déficit que os EUA tinham com cada um. Na época, houve uma crise nos mercados e o líder americano adiou as novas taxas por país até 9 de julho, sob o argumento de que daria tempo para negociações.

Nesta semana, ele adiou novamente o prazo, para 1º de agosto, e passou a anunciar novos percentuais de taxas para alguns países, que poderão ser negociados até o final de julho. A tarifa geral de 10% segue em vigor, além de outras taxas para países específicos, como China, Canadá e México, e para produtos, como aço e alumínio.

Os EUA possuem superávit comercial com o Brasil. Assim, o país foi enquadrado na tarifa geral de 10% extras. Representantes brasileiros negociam com os americanos como as cobranças poderiam ser revistas.

Além disso, o Brasil é um grande exportador de aço aos Estados Unidos. O produto recebeu taxas extras, primeiro de 25% e depois de 50%. O percentual mais alto entrou em vigor em junho.

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