Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, durante discurso na Assembleia-Geral da ONU
Publicado em 10 de outubro de 2025 às 18h01.
Última atualização em 10 de outubro de 2025 às 18h32.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira, 10, que vai impor uma nova tarifa de importação de 100% a produtos chineses, que se somará a outras taxas já existentes. A medida deve entrar em vigor em 1º de novembro, mas ainda precisa ser oficializada.
O anúncio sinaliza uma retomada de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta.
Trump disse que a medida é uma resposta à China, que teria enviado cartas a outros países com limites à exportação de minerais críticos, também chamados de terras raras. Esses materiais são fundamentais para equipamentos de tecnologias de ponta, como chips, celulares, aviões e carros elétricos. A China domina o mercado de refinamento da maioria desses minerais.
"A China assumiu uma posição extraordinariamente agressiva em relação ao comércio ao enviar uma carta extremamente hostil ao mundo, declarando que iria, a partir de 1º de novembro de 2025, impor controles de exportação em larga escala sobre praticamente todos os produtos que fabrica, e alguns nem sequer fabricados por eles", disse Trump, em postagem na rede social Truth Social.
"A partir de 1º de novembro de 2025 (ou antes, dependendo de quaisquer ações ou mudanças adicionais tomadas pela China), os Estados Unidos da América imporão uma tarifa de 100% sobre a China, além de qualquer tarifa que eles estejam pagando atualmente. Também em 1º de novembro, imporemos controles de exportação sobre qualquer e todo software crítico", afirmou Trump.
No começo do ano, ao voltar à Casa Branca, Trump retomou a guerra comercial com a China. O confronto escalou rapidamente, e o aumento de tarifas chegou a atingir 145%.
Após semanas de negociações, as taxas americanas haviam sido reduzidas para 30%. Com o anúncio desta sexta, no entanto, a China passaria agora a ter uma taxa mínima de 130%, embora o percentual possa ser maior, dependendo do tipo de produto.
Na quinta-feira, 9, a China anunciou novos controles de exportação de tecnologias relacionadas com as terras raras, que se somam às regulações aplicadas a essa indústria. Os novos controles, que entram em vigor imediatamente, exigem uma autorização para a exportação de tecnologias usadas na extração desses metais e na fusão, informou o Ministério do Comércio chinês.
Mais cedo nesta sexta, Trump disse que não iria mais conversar com o presidente chinês, Xi Jinping, durante a cúpula da Apec, daqui a duas semanas, pois "não vê razão para isso", em mais um sinal do aumento de tensão entre os dois países.
A China é o segundo maior importador de produtos para os EUA, atrás apenas do México. De janeiro a julho deste ano, os EUA compraram US$ 193 bilhões em produtos chineses e venderam a eles US$ 65,3 bilhões, o que resultou em déficit comercial de US$ 128 bilhões. Trump diz que esse déficit prejudica a economia dos EUA.
Acaba de ser revelado que a China assumiu uma posição extraordinariamente agressiva em relação ao comércio ao enviar uma carta extremamente hostil ao mundo, declarando que iria, a partir de 1º de novembro de 2025, impor controles de exportação em larga escala sobre praticamente todos os produtos que fabrica, e alguns nem sequer fabricados por eles. Isso afeta TODOS os países, sem exceção, e foi obviamente um plano elaborado por eles há anos. É absolutamente inédito no comércio internacional e uma desgraça moral no trato com outras nações.
Com base no fato de que a China assumiu esta posição sem precedentes, e falando apenas pelos EUA., e não por outras nações que foram similarmente ameaçadas, a partir de 1º de novembro de 2025 (ou antes, dependendo de quaisquer ações ou mudanças adicionais tomadas pela China), os Estados Unidos da América imporão uma tarifa de 100% sobre a China, além de qualquer tarifa que eles estejam pagando atualmente. Também em 1º de novembro, imporemos controles de exportação sobre qualquer e todo software crítico.
É impossível acreditar que a China teria tomado tal ação, mas tomou, e o resto é história. Obrigado pela sua atenção a este assunto!
DONALD J. TRUMP