Mundo

Trump assume gestão da estação central de Washington e aumenta controle sobre a capital

Secretário de Transportes afirmou que a intenção do governo é fazer do terminal ‘um lugar atraente’

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 27 de agosto de 2025 às 14h05.

Última atualização em 27 de agosto de 2025 às 15h13.

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira, 27, que está assumindo a gestão da estação central de Washington, conhecida como Union Station, como parte de sua estratégia para aumentar o controle sobre a capital em sua "luta contra o crime".

"Vamos retomar a gestão total por parte do Departamento de Transportes e vamos realizar investimentos para garantir que esta estação não esteja suja e que não haja pessoas sem teto", declarou o secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, durante a apresentação de trens de alta velocidade na mesma estação.

Segundo Duffy, a intenção é fazer do terminal "um lugar atraente".

"É preciso investir aqui, tem sido descuidado por décadas e isso é perceptível. Queremos fazer deste lugar a estação de trem mais importante, não apenas da América, mas do mundo", acrescentou.

"Hoje anunciamos que retomamos o controle direto da estação, não como uma manobra de poder. Sempre o tivemos, mas acreditamos que podemos gerenciar a propriedade melhor, atrair mais locatários, aumentar a receita", completou.

A estação central, embora seja propriedade do Departamento, era até agora controlada pela empresa privada Union Redevelopment e pela Amtrak, a empresa pública de transporte ferroviário dos EUA.

Este é um novo passo da administração Trump para ganhar o controle da capital, com a qual tem — e teve — vários enfrentamentos.

No último dia 11 de agosto, Donald Trump tomou o controle da segurança de Washington, inicialmente por 30 dias, amparando-se na lei que permite intervir na autoridade da cidade, justificando que existe uma "emergência" devido à alta criminalidade.

Além disso, ativou 800 membros da Guarda Nacional, que, somados aos de seis estados governados por republicanos que decidiram enviar mais efetivos, totalizam mais de 2 mil militares, apenas dessa unidade, patrulhando pela cidade.

A Union Station foi um dos cenários onde o Exército esteve mais presente.

Também trabalham nas ruas da capital a Polícia Metropolitana e agentes do FBI, da Administração de Controle de Drogas (DEA) e do Serviço de Controle de Imigração e Alfândegas (ICE).

Segundo explicou a procuradora-geral, Pam Bondi, 1.178 pessoas já foram presas em Washington e 123 armas ilegais foram apreendidas.

Ativistas e organizações têm denunciado que as agências federais estão aproveitando essa suposta guerra contra o crime para prender imigrantes indocumentados.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Presidente do Panamá viaja ao Brasil em busca de investimentos

União Europeia debate novas sanções à Rússia; medida pode atingir o Brasil

Trump ameaça processar o bilionário Soros e seu filho

Acuerdo EFTA-Mercosur se firmará en septiembre, dice la secretaria de Comercio de Noruega