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Trump deve arrefecer tom com chineses em busca de acordo comercial, diz Bloomberg

Mudança de tom sinaliza tentativa de acordo com Pequim, segundo fontes ligadas ao governo americano

O republicano estaria na iminência de fechar acordos com Pequim (Brendan Smialowski/Getty Images)

O republicano estaria na iminência de fechar acordos com Pequim (Brendan Smialowski/Getty Images)

Publicado em 16 de julho de 2025 às 17h25.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem suavizado o tom com a China na tentativa de garantir uma cúpula com Xi Jinping e um acordo comercial, de acordo com pessoas familiarizadas com as tratativas internas ao portal Bloomberg.

O republicano estaria na iminência de fechar acordos com Pequim. Os EUA taxaram a China em 125%. O país asiático devolveu a tarifação na mesma medida. A suavização da retórica de Trump contra os chineses teria a ver com uma preocupação em relação às consequentes perdas de empregos no país diante da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Mesmo com a taxação dos EUA, a China registrou um superávit comercial recorde no primeiro semestre do ano.

Na última terça-feira, 16, Trump disse que lutaria contra a China "de forma muito amigável". Funcionários do governo enfatizam que Trump sempre gostou pessoalmente de Xi e apontaram que, mesmo em momentos mais tensos em seu primeiro mandato, em que, mesmo assim, impôs restrições abrangentes à Huawei Technologies Co. e tarifas sobre a maioria das exportações chinesas.

Cúpula pode selar pazes

Para aliviar as tensões, autoridades americanas preparam o adiamento do prazo de 12 de agosto, quando as tarifas dos EUA sobre a China devem voltar a 145% após o fim de uma trégua de 90 dias. O prazo é tido como flexível por fontes da Casa Branca, que indicam que a trégua tarifária pode ser estendida por mais três meses.

Esse movimento ocorre enquanto Trump implementa tarifas para outros países — incluindo aliados importantes — e ameaça novas medidas em setores como farmacêutico e de semicondutores.

Na última semana, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse que uma cúpula entre Trump e Xi é provável. Rubio, antes um dos maiores detratores dos chineses no Senado, afirmou ter tido um encontro "muito construtivo e positivo" com o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi.

Apesar do aparente recuo, Trump também é conhecido por ser suscetível a críticas sobre sua abordagem. Visto que a China se vangloria de vantagens comerciais, como uma maior capacidade para explorar ímãs de terras raras, algo crucial para o desenvolvimento das companhias de tecnologia, qualquer incômodo maior do republicano pode sinalizar nova mudança no tom.

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