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Trump deve assinar novos acordos comerciais com países do Sudeste Asiático

Representante de Comércio dos EUA não especificou quais nações. Presidente americano já fechou entendimentos com UE, Japão e Coreia, mas falta definição dos detalhes

Agência o Globo
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Publicado em 30 de setembro de 2025 às 20h12.

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O representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, disse que espera que o presidente Donald Trump assine mais acordos comerciais com países do Sudeste Asiático ainda este ano, sem especificar exatamente quais.

“O presidente fará uma viagem pela Ásia no final de outubro, e esperamos que, nesse período, possamos assinar alguns desses acordos”, disse Greer em entrevista à Fox Business na terça-feira.

Os acordos que Trump já fez, com União Europeia, Japão e Coreia do Sul, são apenas estruturas gerais, com detalhes a serem definidos depois. Não ficou claro se Greer falava desses acordos antigos ou de novos pactos. Ele disse que os EUA já divulgaram algumas informações preliminares sobre os acordos que Trump deve anunciar.

Principal negociador comercial dos EUA, Greer contou que acabou de voltar da Malásia, onde se reuniu com países do Sudeste Asiático, que estão próximos de fechar acordos formais com os EUA para abrir seus mercados.

Trump afirmou que se encontrará com o presidente chinês Xi Jinping durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, que será no mês que vem na Coreia do Sul. Em outubro também haverá a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), na Malásia. O primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, disse em julho que Trump aceitou o convite para participar dessa cúpula.

Zafrul Aziz, ministro malaio de Investimentos, Comércio e Indústria, disse na semana passada que o país pretende concluir as negociações sobre tarifas com os EUA antes da cúpula da ASEAN. Os EUA impuseram uma tarifa de 19% sobre produtos da Malásia, além de taxas específicas para determinados setores.

Negociações para reduzir tarifas e flexibilizar condições comerciais com os EUA continuam para vários países, com detalhes dos acordos ainda a serem finalizados.

O acordo com a Coreia do Sul é um dos pactos que ainda não foi formalizado, com negociações em andamento sobre os termos do compromisso de investimento de US$ 350 bilhões de Seul, que Trump descreveu como um compromisso inicial. Os países também divergem sobre tarifas automotivas, com a Coreia do Sul pressionando por uma solução rápida para obter uma tarifa menor de 15% sobre essas exportações.

As negociações também foram abaladas por uma operação de imigração em uma fábrica de baterias na Geórgia, onde centenas de sul-coreanos foram detidos, levantando questões sobre vistos e planos de empresas coreanas de investir nos EUA.

Separadamente, autoridades vietnamitas, cujo país sofreu uma tarifa de 20% sobre exportações, querem que os Estados Unidos reconsiderem uma decisão sobre importações de frutos do mar em meio a negociações comerciais mais amplas.

O Sudeste Asiático tem se mantido surpreendentemente bem diante das tarifas, levando alguns economistas a revisarem para cima suas estimativas de crescimento.

A atividade industrial, as exportações e os motores econômicos domésticos ainda impulsionam o crescimento em grande parte da região. Há algumas exceções - as exportações para os EUA vindas da Malásia caíram 17% em agosto, mesmo com o aumento geral das remessas para o resto do mundo.

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