Agência de Notícias
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 18h41.
Última atualização em 25 de setembro de 2025 às 19h29.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira, durante reunião em Washington com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que gostaria que o país “parasse de comprar petróleo” da Rússia para deixar de apoiá-la na guerra contra a Ucrânia.
“Gostaria que deixasse de comprar petróleo da Rússia enquanto esta continua com a agressão contra a Ucrânia”, afirmou Trump aos veículos de comunicação na Sala Oval da Casa Branca, no início da reunião, na qual afirmou que ambos irão também tratar de questões comerciais e da possível venda de caças F-35 e F-16 a Ancara.
Quando questionado sobre a possibilidade de Erdogan mediar para trazer os presidentes de Rússia e Ucrânia, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, à mesa de negociações para se chegar a um cessar-fogo, Trump afirmou que o presidente turco “poderia exercer uma grande influência se quisesse”.
“Posso dizer que o presidente Erdogan é muito respeitado por ambos [Putin e Zelensky]. Todos respeitam Erdogan. Eles realmente o respeitam. Eu também o respeito e acredito que ele poderia exercer uma grande influência se quisesse”, explicou.
“Por enquanto, ele mantém uma postura neutra. Ele gosta de ser neutro, e eu também. Mas se ele se envolver no conflito, a melhor coisa a fazer seria parar de comprar petróleo e gás da Rússia”, acrescentou Trump.
O presidente americano opinou novamente que Putin “deve parar” sua campanha militar na Ucrânia e que “está muito decepcionado” com ele.
“Estou muito decepcionado com Putin. Ele lutou com muita determinação e por muito tempo. Moscou perdeu cerca de 1 milhão de militares e que, apesar dos intensos bombardeios das últimas duas semanas, praticamente não conquistou nenhum território”, disse.
“Não vou chamar ninguém de ‘tigre de papel’, mas a Rússia gastou milhões e milhões de dólares em bombas, mísseis, munições e, acima de tudo, em vidas humanas, e não obteve praticamente nenhum benefício territorial”, concluiu o presidente americano.