Mundo

Trump diz que conversa com Xi foi 'muito produtiva' e que visitará China em 2026

Presidente da China, Xi Jinping, pediu que os Estados Unidos evitem medidas restritivas no comércio

Publicado em 19 de setembro de 2025 às 12h41.

Última atualização em 19 de setembro de 2025 às 12h53.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 19, que teve uma ligação "muito produtiva" com o líder chinês Xi Jinping, em meio às tensões comerciais entre os dois países. Em seu perfil na rede social TruthSocial, Trump disse que houve avanços em questões centrais como comércio, combate ao fentanil, o fim da guerra na Ucrânia e o acordo sobre o futuro do aplicativo TikTok.

"Acabei de ter uma ligação muito produtiva com o presidente Xi da China. Fizemos progressos em muitas questões muito importantes, incluindo Comércio, Fentanil, a necessidade de trazer o fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, e a aprovação do acordo do TikTok", afirmou o presidente.

Ele acrescentou que os dois líderes se encontrarão na Cúpula da APEC, na Coreia do Sul, e confirmou que fará uma visita oficial à China no início de 2026. Segundo Trump, Xi também deve visitar os Estados Unidos em momento oportuno.

Xi Jinping pediu que os Estados Unidos evitem medidas restritivas no comércio durante ligação, segundo informações da agência estatal chinesa Xinhua, divulgadas pela Bloomberg

O contato marca a primeira conversa entre os dois líderes desde junho. As principais pautas foram a disputa comercial envolvendo o TikTok e as tarifas aplicadas entre ambos os países. 

E o TikTok?

O presidente da China não confirmou se um acordo final foi alcançado sobre a venda do aplicativo. O líder chinês também afirmou que as duas partes continuariam as consultas para resolver o impasse. Já Trump agradeceu pela aprovação do acordo da rede social.

O TikTok segue funcionando nos Estados Unidos, mas pode enfrentar uma possível proibição nacional se não houver um acordo de venda.

A legislação — chamada de Protecting Americans from Foreign Adversary Controlled Applications Act ("Lei de Aplicações Controladas para a Proteção dos Americanos contra Adversários Estrangeiros", na tradução literal) — exige que a ByteDance, controladora chinesa do TikTok, venda a operação norte-americana do aplicativo ou pare completamente de operar no país. A Suprema Corte dos EUA confirmou a constitucionalidade da lei em 17 de janeiro, rejeitando argumentos sobre liberdade de expressão. O TikTok chegou a sair do ar por 14 horas naquele mês, antes da primeira prorrogação presidencial.

O que pode acontecer com o TikTok?

Caso a venda não se concretize até a data-limite, o TikTok será removido das lojas da Apple e do Google, deixará de receber atualizações e poderá se tornar inutilizável.

O secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmo que "se a China não aprovar o acordo, então o TikTok vai sair do ar". Empresas que permitirem o acesso ao app também poderão enfrentar multas de até US$ 5.000 por usuário.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpChinaXi JinpingEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Portugal anuncia que reconhecerá o Estado da Palestina neste domingo, antecipando Assembleia da ONU

EUA apenas para os ricos? Trump lança programa de visto de moradia que pode custar até US$ 1 milhão

Exército israelense afirma que usará 'força sem precedentes' em Gaza

BC argentino volta a intervir no dólar e despeja US$ 670 milhões no mercado