Donald Trump, presidente dos EUA, poderá ir ao Egito (Timothy Clary/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 9 de outubro de 2025 às 13h58.
Última atualização em 9 de outubro de 2025 às 14h08.
O enviado americano Steve Witkoff afirmou que o presidente Donald Trump viajará ao Egito na próxima semana, após o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, convidá-lo para as celebrações do acordo de cessar-fogo em Gaza.
"O presidente está muito animado para vir ao Egito, e esse é o plano, que ele venha na próxima semana", disse Witkoff durante uma reunião com al-Sisi, segundo um vídeo divulgado pela Presidência egípcia.
O gabinete de Al-Sisi informou que ele convidou Trump a "participar da celebração que será realizada no Egito para comemorar a conclusão do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza".
A primeira fase do acordo foi assinada durante negociações indiretas entre Israel e o Hamas no Egito. O pacto prevê a libertação dos reféns israelenses restantes em troca da libertação de quase 2.000 palestinos.
Israel afirmou que o cessar-fogo começará "dentro de 24 horas" após a reunião de seu gabinete de segurança nesta quinta-feira.
Israelenses e palestinos vivem um confronto há décadas. Israel foi criado, no fim dos anos 1940, sobre terras que os palestinos ocupavam anteriormente, após a ONU propor a fundação de dois países na região, um para os judeus e outro para os palestinos.
No entanto, nenhum dos lados concordou com a divisão feita em 1947. Os palestinos tentaram invadir o território dado a Israel, mas foram expulsos, dando origem a um conflito que dura até hoje. Nas décadas seguintes, Israel conquistou outras áreas e reduziu o espaço dos palestinos a dois blocos, um na Cisjordânia e outro na Faixa de Gaza.
A fase atual do confronto começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas, grupo que controla Gaza, fez um ataque ao território israelense, que matou 1.219 pessoas e sequestrou 251. Em seguida, Israel invadiu Gaza para buscar os reféns e acabar com o poder de ataque do Hamas.
Mais de 66 mil pessoas foram mortas em Gaza desde o início da guerra, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. Os dados são questionados por Israel e seus aliados, mas considerados confiáveis pela ONU.