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Trump e George Soros têm algo em comum para secretário do Tesouro dos EUA

Scott Bessent comparou a personalidade do presidente dos Estados Unidos com seu antigo chefe, George Soros, durante evento com bilionários em Sun Valley

Scott Bessent: secretário do Tesouro dos EUA comparou o presidente Donald Trump ao seu antigo chefe, George Soros. (Allison ROBBERT/AFP)

Scott Bessent: secretário do Tesouro dos EUA comparou o presidente Donald Trump ao seu antigo chefe, George Soros. (Allison ROBBERT/AFP)

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 11 de julho de 2025 às 07h10.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que o presidente Donald Trump compartilha um traço marcante com seu ex-chefe, George Soros: a impaciência em negociações de alto risco. A fala aconteceu durante a conferência Allen & Co., conhecida como “acampamento de verão dos bilionários”, em Sun Valley, Idaho.

Segundo participantes da conferência à Bloomberg, Bessent disse que tanto Trump quanto Soros são exigentes, temperamentais e impacientes. Ele contou que tem aconselhado o presidente a ser mais paciente, especialmente nas decisões sobre comércio exterior. Apesar disso, elogiou Trump por sua capacidade de identificar problemas e encontrar soluções.

Bessent lidera as negociações tarifárias com países asiáticos

Durante a conversa, o secretário minimizou o impacto das tarifas sobre a inflação e projetou dois cortes de juros ainda este ano. Segundo a reportagem, o secretário afirmou que os mercados estão precificando “um corte e meio” devido aos dados econômicos positivos.

Bessent também comentou os anúncios recentes de Trump sobre tarifas. O presidente divulgou novas taxas unilaterais que entram em vigor em 1º de agosto, como a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros — decisão que, de acordo com a Bloomberg, surpreendeu, considerando que os EUA têm superávit com o Brasil. Outra taxa de 35% também foi imposta contra o Canadá.

Principal articulador da política comercial do governo, Bessent lidera negociações com países asiáticos e está prestes a se reunir com autoridades do Japão, China e Indonésia. Em maio e junho, ele participou de duas rodadas de conversas com Pequim, buscando manter uma trégua tarifária, embora um acordo abrangente ainda não tenha sido fechado.

Ao final, Bessent também fez piadas sobre Elon Musk, com quem já teve alguns atritos, segundo a reportagem. Questionado sobre o partido político criado e divulgado pelo CEO da Tesla, brincou ao perguntar qual partido estavam se referindo. Em tom sarcástico, ele afirmou que Musk provavelmente conseguiria votos "apenas em Marte".

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