Donald Trump: presidente americano estendeu prazo para resolver venda do TikTok até 16 de dezembro
Repórter
Publicado em 16 de setembro de 2025 às 15h56.
Última atualização em 16 de setembro de 2025 às 18h19.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta terça-feira, 16, que prorroga até 16 de dezembro o prazo para que a empresa chinesa dona do TikTok se desfaça de seus ativos nos Estados Unidos.
A medida adia a implementação de uma legislação de 2024 que obrigaria a ByteDance, controladora do aplicativo de vídeos, a vender suas operações no país ou enfrentar uma proibição em território americano. Com isso, a companhia tem 90 dias para finalizar o acordo.
Além disso, Trump revelou um acordo entre os EUA e a China que possibilitará a continuidade do funcionamento do TikTok nos Estados Unidos.
"Temos um acordo sobre o TikTok. Temos um grupo de empresas muito grandes que querem comprá-lo", declarou Trump, sem fornecer mais detalhes.
Segundo informações da agência Reuters, o acordo é bastante similar a uma proposta discutida no início do ano, que envolve a transferência das operações americanas para uma nova empresa com sede nos EUA, de propriedade majoritária e gerida por investidores americanos.
Por outro lado, qualquer possível acordo teria de passar pela aprovação do Congresso, que, em 2024, durante a administração de Joe Biden, aprovou uma lei exigindo a venda da plataforma para evitar que o governo chinês tivesse acesso indevido aos dados dos usuários americanos do TikTok.
Diante das expectativas sobre o destino do TikTok nos EUA, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou nesta terça-feira que acredita ser “possível” chegar a um acordo com a China antes que as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump entrem em vigor em novembro.
Em entrevista à rede de televisão "CNBC", Bessent disse que espera se reunir novamente com seus pares chineses e afirmou que as conversas estão sendo “muito produtivas”, depois que neste fim de semana eles realizaram a quarta reunião em Madri com avanços.
“Acho que os chineses agora veem que um acordo comercial é possível”, declarou.
O encontro ocorreu após a prorrogação, em agosto, da trégua tarifária que ampliou até novembro a suspensão de novos impostos e reduziu as tarifas impostas anteriormente em até 30% para produtos chineses e 10% para produtos americanos.
Nesta segunda-feira, os representantes dos EUA e da China anunciaram um acordo sobre o TikTok, durante rodada de negociações comerciais realizada em Madri. Mas, os detalhes ainda devem ser acertados por Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, em telefonema marcado para sexta-feira.
As reuniões em Madri se concentraram no TikTok para garantir um acordo preliminar “que respeite totalmente as preocupações de segurança nacional dos EUA”, embora também tenham sido abordados outros assuntos pendentes, como lavagem de dinheiro, importações de minerais ou o “momento difícil” que está passando a fabricante de semicondutores Nvidia na China, onde está sendo investigada por suposta violação das leis antitruste.
(Com informações da agência EFE)