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Trump impõe tarifas de 25% para produtos de Japão e Coreia do Sul

Em carta enviada para os países, o governo americana afirmou que a partir de 1º de agosto de 2025 cobrará tarifa de 25% sobre todos os produtos japoneses e sul-coreanos enviados aos Estados Unidos

Trump: americano determina tarifas para Japão e Coreia do Sul

Trump: americano determina tarifas para Japão e Coreia do Sul

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 7 de julho de 2025 às 13h51.

Última atualização em 7 de julho de 2025 às 14h10.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou nesta segunda-feira-, 7, uma alíquota mínima de 25% para os produtos do Japão e da Coreia do Sul. O republicano publicou uma carta enviada aos líderes das duas nações em seu perfil no Truth Social.

O anúncio de Trump ocorre às vésperas do prazo final para que países fechem acordos comerciais com os Estados Unidos a fim de evitar tarifas mais altas.

No documento, o governo americano afirmou que a partir de 1º de agosto de 2025 cobrará tarifa de "apenas" 25% sobre todos os produtos japoneses e sul-coreanos enviados aos Estados Unidos, separadamente de todas as tarifas setoriais.

O governo americano disse ainda que a alíquota é "muito menos do que o necessário para eliminar a disparidade do déficit comercial" entre os países. Trump afirmou não haverá tarifas se os países ou as empresas decidirem construir, ou fabricar produtos dentro dos Estados Unidos.

No domingo, Trump adiantou que cartas detalhando as tarifas que deseja impor a cada parceiro seriam enviadas. A estimativa do americano era mandar entre 12 e 15 cartas nesta segunda-feira. O republicano disse que as taxas serão de até 70% para alguns países, um nível muito mais alto do que o anunciado inicialmente.

Nem todos os acordos serão concluídos até quarta

Na sexta-feira, 4, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, colocou em dúvida o cronograma, dizendo que “temos países nos abordando com acordos muito bons”, mas que talvez nem todos estejam concluídos até a data em que as tarifas baseadas em países de Trump, em 2 de abril, devem voltar a vigorar.

O republicano afirmou também que não acha que precisará prorrogar o prazo comercial, mas disse que o governo pode fazer “o que quisesse” com o prazo, incluindo estendê-lo ou encurtá-lo.

Em abril, o assessor comercial Peter Navarro havia previsto que o governo conseguiria firmar 90 acordos em 90 dias.

Até o momento, Washington chegou a dois princípios de acordo, com Reino Unido e Vietnã, que não têm a profundidade de um acordo comercial completo, e um pacto para aliviar as tensões com a China.

No acordo com a China, o governo americano afirma ter fechado um acordo para reduzir controles de exportação de produtos estratégicos, como ímãs de terras raras, mas se recusa a divulgar detalhes, chamando o entendimento de “confidencial”.

Neste domingo, o presidente dos EUA anunciou que aplicará mais 10% de taxas a países que se alinharem ao BRICS - bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e outros emergentes. De acordo com ele, o grupo, que se reuniu neste final de semana no Rio de Janeiro, possui "políticas antiamericanas".

Com Agência o Globo e Estela Marconi.

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