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Trump não considera novas tarifas ao Brasil, afirma porta-voz da Casa Branca

Karoline Leavitt afirmou que presidente americano não tem receio de usar o poder americano para garantir a liberdade de expressão; dólar sobe com desconfiança

Agência o Globo
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Publicado em 9 de setembro de 2025 às 17h10.

Última atualização em 9 de setembro de 2025 às 20h11.

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O presidente americano Donald Trump não considera novas sanções tarifárias ao Brasil, afirmou Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça.

— A liberdade de expressão é, possivelmente, a questão mais importante do nosso tempo. Ele (Trump) leva esse tema muito a sério, razão pela qual adotamos ações significativas em relação ao Brasil, tanto na forma de sanções quanto no uso de tarifas, para garantir que cidadãos ao redor do mundo não sejam tratados dessa maneira. Ao mesmo tempo, enquanto o presidente utiliza o peso dos Estados Unidos para proteger nossos interesses no exterior, ele também assegura que a liberdade de expressão permaneça aqui nos Estados Unidos da América — disse Karoline a um repórter, que questionou se os EUA estariam analisando novas sanções ou aumentos em tarifas diante do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal.

Ela disse ainda que novas sanções não estão sendo estudadas, como um possível aumento das tarifas ou aplicação de novas sanções:

— Não tenho hoje nenhuma ação adicional (sanções ou elevação de tarifas) para antecipar a vocês, mas posso afirmar que essa é uma prioridade para o governo (assegurar a liberdade de expressão), e o presidente (Trump) não tem medo de usar o poder econômico e militar dos Estados Unidos da América para proteger a liberdade de expressão em todo o mundo — afirmou Karoline.

Na última sexta-feira, Donald Trump afirmou no Salão Oval que as tarifas impostas ao Brasil foram impostas "pelo que o governo estava fazendo", mas não especificou sobre o quê.

— Estamos muito insatisfeitos com o Brasil. As tarifas são muito altas por causa do que eles estão fazendo, o que é muito lamentável. Nós temos uma relação maravilhosa com o povo brasileiro, mas o governo do Brasil mudou radicalmente. Tornou-se muito de esquerda radical, e isso está prejudicando muito o país. Eles estão indo muito mal — disse o republicano.

No momento da declaração, a cotação do dólar à vista no Brasil subia 0,33%, cotado a R$ 5,43. Apesar da declaração de Karoline, para Daniel Miraglia, economista-chefe da Integral, a leve apreciação embute a desconfiança de investidores sobre possíveis novas sanções que podem ser anunciadas pelos EUA diante do julgamento de Bolsonaro:

— É um movimento leve, mas aumenta a possibilidade de sanções adicionais para o Brasil. Está vinculado a isso, já que há performance boa nas Treasuries (títulos do Tesouro americano) e Bolsa americana. É uma postura mais cautelosa por uma possível prisão de Bolsonaro levar sanções adicionais em relação ao Brasil — ele diz.

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