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Trump suspende ajuda militar de US$ 400 milhões a Taiwan em meio a diálogo com China

Pacote militar pode ser revisto após conversas entre Trump e Xi Jinping nesta sexta-feira, 19

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 19 de setembro de 2025 às 07h24.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se negou a aprovar 400 milhões de dólares (2,12 bilhões de reais) em ajuda militar para Taiwan nos últimos meses, enquanto negociava questões comerciais e uma possível reunião de cúpula com a China, informou o jornal Washington Post.

A decisão representaria um claro afastamento da política americana para a ilha democrática, que enfrenta a ameaça constante de invasão por parte da China.

Uma fonte da Casa Branca disse ao Post que a decisão sobre o pacote de ajuda ainda não era definitiva.

Trump e seu homólogo chinês, Xi Jinping, conversarão nesta sexta-feira (19), na segunda ligação telefônica entre os dois presidentes desde o retorno do republicano à Casa Branca.

A conversa acontece no momento em que as partes buscam um compromisso sobre as tarifas e um acordo sobre o aplicativo de vídeos TikTok.

Relação histórica entre EUA e Taiwan

Embora o governo dos Estados Unidos tenha deixado de reconhecer Taiwan no final da década de 1970 em favor da China, Washington permaneceu como o principal aliado de Taipé e seu maior fornecedor de ajuda militar.

Durante o governo do ex-presidente Joe Biden, Washington aprovou mais de 2 bilhões de dólares (10,6 bilhões de reais) de ajuda militar para Taiwan. Mas Trump "não apoia o envio de armas sem pagamento", algo que também é "evidente com a Ucrânia", destacou o Post.

Encontros e negociações recentes

Segundo o jornal, funcionários do setor de Defesa dos Estados Unidos e de Taiwan se reuniram no Alasca em agosto e discutiram um pacote de venda de armas "que poderia alcançar bilhões de dólares" para monitorar a costa de Taiwan.

Desde que Trump retornou à Casa Branca em janeiro, as preocupações aumentaram em Taipé sobre a relação entre Taiwan e Estados Unidos e com a disposição de Washington de defender a ilha em caso de ataque da China.

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